sexta-feira, abril 30

vou "apanhar um enchente"

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Havia muito tempo que não entrava naquela sala de estar. É como se tivesse reencontrado um mundo de caminhos percorridos que olho para a pequena biblioteca do meu pai. Ali estão guardados alguns dos livros que foi coleccionando ao longo da vida. Sem estar propriamente à procura de um livro, apenas olho para eles com a curiosidade de quem passeia à espera de encontrar e saudar velhas amizades, histórias antigas, nomes familiares guardados naquelas prateleiras. Passo pelos romances, encontro-me com os científicos, analiso as enciclopédias. Rasgo um leve sorrio na medida em que vou recordando tempos de infância, tempos de estudante, tempos de sonhar, tempos que vivem. Naquela estante, a do meio lá em cima, há um caos combinado. Desordenada, expõe títulos variados sem um tema comum, o que aguça ainda mais a minha curiosidade. Talvez seja a cor predominante ou a aparência que me traz algo familiar, não sei, só sei que por momentos algo me faz estar ausente. De repente um livro chama por mim. E chama mesmo, não pede apenas a minha atenção: “Estou aqui, vem cá”! Estico o pescoço, tento enxergá-lo e mal dou por ele. Descubro-o a um canto, pequenino, modesto, entalado entre clássicos e didácticos. E porque chama ele por mim? Será pela fotografia que ostenta na capa? Será pelas lembranças que encerra? “Anda, leva-me”! É na prateleira das memórias que por vezes se descobre o que não se imaginava encontrar e se aprende a não resistir a um título chamativo. Pego-o delicadamente, abro-o nas mãos, deslizo os dedos pelas páginas e leio duas ou três. É uma monografia, uma história verdadeira contada por Joaquim Augusto Castelinho, por quem tem um intenso orgulho das suas origens, por quem ama profundamente a sua Terra e a suas gentes, o povo humilde, crente e trabalhador de S. Pedro de Mós do Douro. Uma povoação rodeada de montanhas no coração transmontano. Uma terra de sacrifício, de cultura do espírito e de gente simples. A mesma Terra que os meus avós revolveram para dela retirar o volfrâmio e o sustento. A mesma Terra que viu o meu pai nascer, crescer e partir para os estudos. A mesma Terra que recebeu dois irmãos, rapazinhos que vindos da cidade visitavam os avós e os tios para lá viver uns dias de férias. Essa Terra boa que amanhã me voltará a receber de braços abertos num reencontro de saudade. De comboio e na companhia do meu filho, reviverei uma viagem mágica e inesquecível ao lado do velho e pachorrento Rio Douro até Freixo-Mós. Vou menino, e, como se fosse pela mão de meu avô, vou com o pequeno livro pela mão e ele me contará a sua história, com a simplicidade de um pequeno amigo.


"Apanhar um enchente": expressão popular usada por pessoas desejosas de qualquer manjar. Exp: apanhar um enchente de arroz-doce".
Bom fim-de-semana.


quinta-feira, abril 29

dedico o dia à arte...

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...no dia mundial da dança.

Pronto, agora o video já tá a "funceminar"!!! Estas coisas, às vezes, também precisam de um tempo de aquecimento mas se quiserem podem arrepiar caminho. Vejam a partir dos 2 minutos e meio que até lá são só preliminares... para a dança, é claro!


quarta-feira, abril 28

confortar o ego

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Por vezes, quando ficamos furiosos com alguém, sentar sobre o problema, meditar sensatamente, considerar os prós e os contras, ponderar calmamente numa solução… acreditem, pode ajudar bastante!


segunda-feira, abril 26

ai este calor

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Até que sabe bem este súbito calor primaveril e que bom é sentir na pele o sol luminoso que faz lá fora. Um calor raro porque afinal ainda estamos em Abril! Aproveitei, e para ajudar a digerir o almoço fui dar uma volta pela ruas da cidade. Mas depois, ao ter de regressar de novo para o resto do expediente, acho que endoideci! Eu sei que o calor provoca várias reacções. Algumas agradáveis, como a de neste momento desejar estar numa praia, esparramado ao sol a tentar ficar bronzeado. Outras reacções podem ser estranhas, como é estranho para mim este alívio que sinto em estar aqui sentado a trabalhar no fresquinho do gabinete!


sexta-feira, abril 23

olá, eu sou um livro

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Os que me conhecem melhor suspeitarão da minha presença aqui, mas eu não escondo o meu apego aos leitores, aos que me recebem nas suas mãos e procuram em mim pistas para pensar, para despertar o conhecimento. Os electrónicos vidros frios dos computadores nem de longe nem de perto conseguiriam traduzir o calor das minhas palavras. Não vos seria possível lamber o dedo e folhear uma página. Ou entranhar entre elas o vosso marcador de páginas favorito. Nem tão pouco sentir o cheiro guardado no encardido papel como se guardasse um segredo. Entre esta capa de cartão encerro um relicário do saber, da fantasia, da minha história, que com as suas narrativas narram também a vossa história. Um título, uma imagem, a cor que me escolheram permite-me sentir vivo e passar a ideia de que não serei apenas um objecto de decoração, mas talvez de consideração. Eu faço imaginar, viajar, levo a pensar e partilho novos mundos. Estou disponível, entrego-me, crio laços de amizade e de companheirismo. Denunciando o carinho que sentem por mim, nada supera o que eu sinto na palma das vossas mãos, a graça de me aconchegar contra o vosso peito. Depois de ser folheado, ser olhado com olhos de ver, de exibir as minhas ilustrações, noto que deixo no ar alguma suspeita e atiço uma apetitosa aventura apelativa à leitura. E à medida que vou sendo aberto é como se todo um universo de relações pessoais se enredasse entre mim e o leitor. Não sou mais que um livro, para as crianças aprenderem, para os jovens rirem, para as senhoras sonharem, para os chorosos chorarem, e até para me rasgarem, porque ao abrir um livro, novo, usado, velho e gasto, como na vida, chega-se mais além. Sim, sou um velho livro que jaz entre outros, num lugar sublime, uma estante de biblioteca, entre camadas de poeira numa fila de lombadas coloridas, e que aguarda paciente o dia em que volte a ser aberto e as suas folhas se soltem como fruta madura pelo tempo.


quinta-feira, abril 22

seu cabeça na lua, despassarado, destrambelhado...

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...pronto! Já todos sabem que hoje é o dia da Terra? Pois sabem, sendo assim apaguei o que estava agendado para publicação, que é mais ou menos o que já aqui foi dito, e tomei de assalto este blogue. Decidi reclamar para mim o direito de postar aqui a minha revolta. Sim, estou de volta, sã e salva, e para que percebam melhor passo a explicar o sucedido em discurso directo, e demonstrar outra vez como é tão esquecido este meu dono, o xôr paulofski:



Olha-me pra este turista! Ai agora chegas assim aliviado e ao mesmo tempo esfuziante a reclamares-me de volta, não é? Olha que escusas de me pedir desculpas com esse ar de parvo, tás a ouvir. Vai lá, faz lá a prova de que te pertenço, vai, que depois teremos uma conversinha, pá!

Pois nem imaginam o que este cabeça no ar me fez passar desde anteontem à tarde. Este paulofski anda sempre no mundo da lua, não tem emenda. Ele quando precisa de mim sabe abrir-me, sabe usar-me, preocupa-se com o meu volume, emagrace-me de inutilidades, mas nunca tinha feito esta desfeita de me deixar ao deus dará. Abandonou-me sózinhinha num banco frio da estação do metro. E isso não se faz, logo eu que costumo tão estar juntinho ao seu coração... pronto, às vezes também vou parar junto da nádega direita, mas lá até é quentinho, tenho de confessar... Pois é, eu sou aquela a quem ele confia a sua identidade, a quem dá guarida às míseras notas de euro que tem, a que lhe arruma direitinho todos os cartões e a que se deixa engordar com aqueles horríveis talões do multibanco. Sniffff... Vejam só, esqueceu-se de mim à mercê de algum oportunista ou carteirista e, mesmo estando à vista, nem deu conta dos meus pedidos mudos de socorro. E agora chega aqui com esta cara deslavada, a agradecer mil vezes à simpática senhora que me acolheu, que tão bem me investigou à procura de saber a quem eu pertencia, que teve a amabilidade e paciência em descobrir o meu dono e de o avisar onde eu estava. Pois olhem que preferia mil vezes ficar neste Gabinete do Munícipe, moderno e espaçoso, ao lado destas funcionárias amáveis e simpáticas, do que ser outra vez enfiada no bolso das calças e ir com ele para aquele moquifo sujo e abafado que é o gabinetezinho deste senhor. Ah e tal, que andaste desesperado à minha procura, que deste parte do meu desaparecimento e que estavas já a perder as esperanças de me voltar a ver! O que tu querias sei eu. Tu estavas mais preocupado com estes malditos cartões de plástico e com estas notas sujas, que eu bem sei. Olha, se queres bem de mim vê lá então se tens mais cuidadinho. Embrulha...




quarta-feira, abril 21

para uma flor

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Acorda como todos os dias, cedo e com um livro nas mãos. Depois da rotina matinal, comum a tantas outras, reserva a manhã para cuidar do seu jardim. Abre a porta de casa, olha para o céu, azul cristalino como os seus olhos, e inspira suavemente o intenso aroma a maresia que lhe dá os bons dias. Lentamente pega em todos os apetrechos que necessita, as luvas, a tesoura, o regador. Sorri às flores abertas pelos primeiros raios de sol e agacha-se para sentir o perfume de cada uma delas. Sente há muito o peso da vida e o seu corpo reclama alguma prudência, mas não liga nada a isso e delicada dá lugar às suas paixões. As plantas chamam por si. Rega cuidadosamente os vasos, um a um, as orquídeas, os cravos, os lírios, as rosas, as flores do campo. Escava com cuidado a terra à volta das roseiras, poda-as e apanha as folhas secas. Prosa com as suas amigas, como são belas, como são tão frágeis e bonitas. Ajoelha-se por momentos na relva húmida e, ao escutar os pássaros que cantam em sintonia, começa a aparar os galhos dos arbustos verdes. Cuidar do seu jardim e em especial dar amor às flores faz de si uma pessoa feliz. Lembra-lhe como sempre cuidou de todos e como esses momentos alimentam a sua alma. Quanto mais o tempo passa mais bonito fica o seu jardim, e o danado do corpo que continua a reclamar por uma pausa.
Precisa então de descansar um pouquinho e refugia-se na sombra do alpendre. Dali vê como desabrocham os hibiscos vermelhos, como se fossem vaidosos bailarinos. Vê a bela e elegante estrelícia, como se fosse uma exótica ave do paraíso. Vê o seu jardim que floresce num mosaico de cores, aromas e texturas, como se ela mesma fosse mais uma das flores que tanto gosta. Prepara alguns arranjos florais com todos os tons de lilázes, um pouco de branco, amarelo e não faltam os verdes para dar um pouco de cor às frias pedras mármore das campas. Um carinhoso ramo de orquídeas está já arranjadinho para o Paulo levar à Carlinha. Volta a entrar em casa e embrenha-se na cozinha para fazer um bolo de laranja para os netinhos. Recebe as crianças com o sorriso de sempre, ouve-a atenciosamente sobre o dia na escola, ri com as diabruras do mais pequeno, assiste o seu programa favorito na televisão e então adormece, com a janela aberta para o aroma das rosas entrar…

Feliz aniversário mamã.


terça-feira, abril 20

estes humanos, tsssss...

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... e depois ainda dizem que nós, as aves,
somos um perigo para a aviação!


domingo, abril 18

vulcanizados

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E da terra do gelo, das profundezas do planeta, o impronunciável Eyjafjallajokull acorda do seu sono profundo, cospe lava e lança cinza para os céus. Reclama para si o espaço aéreo de quase todo o continente europeu, arrastando mais nuvens negras sobre a já moribunda economia e espalhando o caos e incerteza na vida de muitas pessoas que necessitam de se deslocar em avião. Estando os principais aeroportos europeus encerrados à custa das cinzas, e Portugal na sua periferia fora das rotas afectadas, vejo finalmente alguma utilidade e vantagem para que então se faça a tal linha do T.G.V..

Ah, e com o presidente Cavaco em casa sinto-me muito mais tranquilo!!!



sexta-feira, abril 16

4+4

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Hoje estou assim...



...Primaveril

Desejo a todos um dia bastante colorido, que eu vou fazer por isso.


quinta-feira, abril 15

como está quase na hora de almoço...

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... e tenho o trabalho adiantado, aproveito para passar os olhos nos jornais. Citando dados do Departamento de Agricultura norte-americano, leio que o Financial Times revelou ontem ao mundo que o preço da carne de vaca deverá disparar nos próximos meses, devido ao rigoroso inverno que assolou os Estados Unidos, para além das dificuldades dos produtores de bovinos resultantes da crise económica mundial. Isto significa que, se comer um bitoque, saborear uma francesinha, ou até deglutir um hambúrguer já era caro para os portugueses, daqui para a frente uma refeição de carne será mais que um luxo, será um autêntico petisco gourmet, fora do alcance para as nossas bolsas. Ora isso preocupa-me bastante e querem saber porquê? Porque assim terei de ter mais cuidado quando me servirem o meu tradicional prego no prato!!!



quarta-feira, abril 14

publicando

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Não dá para disfarçar a vontade que tenho tido em ficar "offline" para o expediente e bloquear este irritante sentido do dever que não abranda. Adoraria se um simples combinar de teclas, um "crtl + c", me guardasse todos os bons momentos que vivi, aqueles que gostaria de reviver a qualquer instante e me bastaria digitar "ctrl + v" para ter tudo de volta! E há alturas em que daria um jeito do caraças ter um "ctrl + z" na vida para desfazer as asneiras que fazemos. Mas a vida não é assim tão simples, e o melhor de não o poder ter é aprender e não voltar a cometer o mesmo erro. Neste “login” permanente que é a vida, temos mais é de a viver, aproveitar e seguir em frente. Aproveitar cada momento que pudermos. Afinal como poderemos nós saber quando vai o computador dar o berro. Pois é, é isso mesmo o que tenho feito nestes dias, tenho saído mais do teclado, saído mais do gabinete, mas não tem sido fácil!


sábado, abril 10

aqui

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Aqui o tempo passa devagar, em silêncio, ritmado pela própria tranquilidade do Douro, numa ondulante sinfonia, que se move acobreado a caminho do mar. Daqui, a cidade parece pequena, buliçosa, e ela afinal está tão perto, ansiosa que eu chegue e lhe leve a noite. E é a música da água que cria o silêncio, entre a minha solidão e o final de tarde, entre luzes turvas sonoramente conduzidas ao longo da marginal. As palavras ecoam na minha cabeça como batidas fortes e quentes vindas do coração, reflectem-se coloridas num espelho que encandeia e incendeia o meu pensamento, em tons rosados de um azul profundo. Aqui o silêncio e a tranquilidade imperam voláteis como o aroma quente de um café numa noite de primavera. Aqui no meu Porto de abrigo.




E assim, aqui, deixo a minha pequena participação ao desafio: "Cidades das nossas vidas" que o nosso amigo Carlos lançou há dias no seu Rochedo. Como eu não sou muito viajado já se estava a ver qual seria a minha escolha. Um primaveril fim-de-semana a todos.


quinta-feira, abril 8

cheese...

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Na nossa sociedade distinguimos diversos conceitos para definir diferentes comportamentos, considerados normais, que temos nas nossas vidas, no nosso quotidiano. Outras sociedades mostram conceitos mais diversos em relação aos mesmos assuntos, regem regras de conduta moral e aceitabilidade social, denotando, na nossa maneira de ver, uma total ignorância e intolerância. Ainda actualmente, da mesma forma como em tempos passados, o entendimento do que está certo e é errado não é aceite noutras sociedades. Muitas vezes, de forma maniqueísta, moldam-se extremismos para não aceitar algo que outros, noutros contextos, consideram ser bom, como a amizade, o amor e a paixão. Felizmente, de uma forma geral, a sociedade mundial tem vindo a denotar superiores níveis de abertura mas, mesmo assim, a receptibilidade continua inconstante graças a um defeito que nos abrange a todos: o preconceito.

O preconceito é um dos piores sentimentos da humanidade. É a acção emotiva e irracional, consciente mas ignorante, do uso da intolerância que limita a nossa liberdade. É meio caminho para os estigmas sociais, para a discriminação, para marginalização do outro que é considerado diferente, para a violência, para o medo. É uma forma de autoritarismo social de uma sociedade doente. É resultante de culturas, dogmas e tradições enraizadas na ignorância de pessoas que não têm paciência, que não sabem agir de outra forma, que não tentam entender e aceitar as diferenças alheias. Vários povos são oprimidos por regimes culturais fechados, podendo ser sujeitos a punições se tiverem um comportamento considerado ofensivo às suas tradições. São disso exemplo o fanatismo religioso e a cultura de massas que manipulam e regem os padrões comportamentais dos seus cidadãos.

Cada país tem a sua cultura, costumes e as suas leis. Discordando, muito ou pouco dessas leis, quando se viaja para um pais estrangeiro, especialmente fora da sociedade ocidental, é preciso ter um certo cuidado para não se cair em situações confrangedoras. O velho ditado diz-nos que “em Roma sê romano” mas eu também não diria tanto, capiche!



quarta-feira, abril 7

pela vossa saúde

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segunda-feira, abril 5

às vezes ponho-me a pensar,...

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... mas só às vezes, e quando penso, às vezes, me dizem “lá estás tu a sonhar acordado”! Porque será que sempre que tenho um sonho eu acordo intrigado, a pensar nisso? E então se é um daqueles sonhos tipo pesadelo porque acordo assustado? Tenho a certeza que todos nós já tentamos analisar qual o significado dos nossos sonhos, e quão difícil é descobrir os segredos que encerram. Os nossos sonhos reflectem as nossas preocupações, os estados de espírito, momentos e situações que marcaram a nossa vida, o nosso quotidiano. De uma forma estranha e pouco perceptível já me aconteceu ter sonhos que não dizem nada, são sem sentido e nos quais, por muito que tente decifrá-los, não encontro um fio de lógica. Com a criatividade mental em todo o seu esplendor, sonho com pormenores irreais, enredos fantasiados e caóticos onde os personagens interagem sem controlo. No entanto intrigam-me muito mais outro tipo de sonhos e que raramente me ocorrem. São os sonhos que recordo com muita facilidade e que consigo analisar todos os seus pormenores com uma precisão assustadora, que me indicam uma preocupação que até se poderá tornar em realidade. E foi um desses que tive recentemente. Tive um sonho que se tornou numa má realidade e que me deixou muito perturbado. Não foi nada de grave mas que se traduziu numa espécie de premonição e confirmação das preocupações que me assolavam antes de me deitar. Agora vou tentar não pensar mais nisso e deixar que o sono regenere o corpo e a mente. O tempo que dormimos é a garantia que cada dia começa como um novo dia e não como o eternizar de um problema.

Acho que preciso de dormir mais e pensar... sonhar menos!


Tenham todos uma boa semana, ó faxabôre!



quinta-feira, abril 1

acreditem

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Perseguido por mentiras que vejo empilhadas em notícias há mais de quarenta anos, saio hoje tranquilo à rua, à espera de uma boa brincadeira, de uma mentirinha de 1 de Abril. Não a encontrei. No lugar da boa disposição de pessoas que levam a vida a sério e que ficam todas contentes com as mentiras parvas que lhes contam, dei com faces carrancudas, olhares evasivos, bocas silenciosas, automóveis e vaidades. Verdades, enfim. Pacientes algumas, outras que roem as unhas querendo acreditar em tudo o que lhes dizem, parecem à espera de serem elas próprias transformadas em mentiras.... Eu mesmo já acreditei nisso. E o coelhinho não vai pôr ovos, acreditem!