Tu estás lixado
Ela esta lix...ada!
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Convidado de Pedro Correia, por um dia deixei de estar no gabinete e, muito bem recebido aliás, fui ao Delito de Opinião puxar a brasa à minha sardinha. Mais uma vez aproveito para agradecer o convite que gentilmente me foi endereçado pelo Pedro. Aqui fica o que fui lá dizer:
Uma alternativa revolução
Existem vários factores para trocarmos um veículo de combustão interna por outro de propulsão humana. Estes factores são bem conhecidos. Podem ser qualificados tanto pelos benefícios ambientais, sociais, económicos como humanos. A desvantagem é que sempre se fala deles de uma forma isolada, minimizando assim a verdadeira magnitude do problema.
A primeira coisa que vem à mente é a emissão de gases de efeito estufa e as suas nefastas consequências já conhecidas: as alterações climáticas, a chuva ácida, o ar poluído. O impacto ambiental dos veículos de propulsão humana é inofensivo comparado ao veículo de combustão interna.
Os veículos a motor são um “bem” de consumo que, por sua vez, exigem outro tipo de recursos, principalmente energéticos e de infra-estruturas urbanas, mas também muitos outros de forma secundária. Numa época de obsessão e de alta competitividade, a sociedade impulsiona as pessoas a ganhar mais para consumir mais. Os veículos a motor satisfazem essa necessidade mas a um preço muito alto: Os preços dos combustíveis estão a ficar proibitivos e sucedem-se os acidentes com perdas humanas e materiais, bem como o caos no tráfego. O carro faz parte de um estilo de vida consumista e afecta de uma forma irresponsável os recursos naturais do planeta.
Perspectiva-se uma crise energética, que se não merecer adequada atenção da nossa parte as consequências serão agravar a crise social e económica. Os veículos de combustão interna não são social ou economicamente viáveis, e num curto espaço de tempo tornam-se obsoletos. Promovem um estilo de vida sedentário, a poluição sonora que emitem aumenta o stress enquanto a bicicleta oferece um ritmo de vida mais humano.
A bicicleta é um veículo economicamente sustentável, socialmente justo e benévolo.
Para mim um ritmo de vida mais humano significa controlar o tempo, respirar tranquilamente e, assim, desfrutar de corpo e mente mais saudável, atento para o momento. Quando eu vou na bicicleta tenho de dominar o corpo, cobrir-me de paciência e manter a cadência. É uma válvula de escape, dá origem à reflexão e, portanto, ao desenvolvimento da consciência individual, enquanto o carro leva à obsessão, ao sentido de urgência e à falta de consciência individual. A bicicleta faz parte de um estilo de vida mais simples, económica, saudável e de lazer, em suma, é mais humana.
A minha experiência de mudança foi sendo gradual. Dei-me conta de tudo isso e decidi finalmente pôr de lado o carro e contribuir de forma mais positiva para a sociedade (o pagamento de impostos não é a única maneira de contribuir). Deixei o carro e no dia-a-dia uso a bicicleta na cidade. Tento rodar em artérias de baixo tráfego, bem alerta e com uma velocidade moderada, aprendendo a lidar com a ignorância, o abuso e a burrice de alguns condutores. A bicicleta leva-me menos tempo para percorrer algumas distâncias urbanas, com a vantagem de poder passar e parar em locais que noutro meio de transporte não o poderia fazer.
Reconheço que não será fácil. A força de vontade será sempre a primeira motivação. A seguir basta adquirir uma bicicleta do tamanho e finalidade adequadas. Ir gradualmente adquirindo experiência e condição física. Aprender com outros ciclistas urbanos e compartilhar as suas próprias experiências. Junte-se a necessidade de um transporte digno e eficiente público. As composições do comboio e do metro oferecem espaço complementar para transportar as bicicletas. Desenvolver a consciência individual e social. Volto a dizer, a mudança não será fácil, porém, se você fizer isso antes de a necessidade de deixar o carro em casa o “forçar”, então a transição poderá ser mais espontânea.
Concluindo, o uso do automóvel é ecologicamente irresponsável, socialmente injusto, e economicamente cada vez mais insustentável.
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O Jardim do Passeio Alegre é um dos jardins românticos do Porto e um dos locais à beira-rio de visita obrigatória. Goza de uma personalidade própria. Está localizado na Foz do Douro, junto ao Castelo de S. João Baptista, ponto de passagem pela marginal do Douro em direcção a Matosinhos. É um jardim oitocentista, com uma extensa área, tem uma forma triangular envolvido pela Av. Carlos I (junto ao rio), a Rua de Dom Luís Filipe (de onde saíam os exames de instrução automóvel – quem se lembra?) e a Rua do Passeio Alegre (que dá nome ao jardim). Possui variadas espécies vegetais, como as suas famosas palmeiras, árvores de copas e plantas ornamentais. Possui chafariz, candeeiros de ferro fundido, obeliscos, da autoria de Nicolau Nasoni levados da Quinta da Prelada, um coreto metálico e um mini-golfe, onde outrora passei verdadeiros momentos de entretenimento. Tem algumas fontes decorativas, o Chalet Suíço (quiosque de música), monumentos e bancos para um aprazível descanso.
Entre muitos valores patrimoniais e culturais da chamada Foz Velha, assume particular interesse pela sua singularidade, a zona do Passeio Alegre, dada a harmonia do conjunto que se estende desde o Castelo da Foz, até à chamada zona dos Pilotos, onde se situa a Torre de S. Miguel o Anjo.
A Rua do Passeio Alegre foi recentemente objecto de intervenção pela CMP (da responsabilidade da empresa municipal Águas do Porto) em toda a sua extensão. A meu ver foi uma uma oportunidade que se perdeu, pela falta de ambição de projectos e vontade deste executivo, que deveria ter valorizado e revitalizado toda zona envolvente, da Cantareira à Foz do Douro, reservando tudo o que tem de bom, e que já é dado de forma natural, privilegiando obviamente o eléctrico. Mas não! em vez disso, removeram os carris (o que infelizmente impossibilitou a ligação de eléctrico desde o Infante até à Rotunda do Castelo do Queijo). Podiam ao menos manter a linha à volta do Castelo da Foz, e ligá-la à existente, permitindo a sua passagem de volta pela Avenida das Palmeiras (Av. de D. Carlos I). Em vez disso a CMP optou por obras baratas, como cimentar passeios e a repavimentação de algumas ruas daquela zona (para quê gastar dinheiro se o que interessa é que fique baratinho…!). Ao menos lembraram-se de construir a via ciclável na Rua Coronel Raul Peres. Mas isso não chega. Entre os novos molhes até aos pilotos, a Avenida das Palmeiras permanece na mesma. Mantém um estado degradado, preenchida de carros (e quartos) virados para o rio, sem uma ciclovia digna da função. Toda a zona requer uma intervenção urgente, que adopte um critério de disciplina urbana visando a sua preservação e característica original, e isso passa pela impreterível retirada dos automóveis e a construção de uma via que dê uma continuidade tranquila ao passeio das bicicletas. Quanto aos ciclistas que chegam pela via ciclável existente, tanto quem vem junto ao rio como quem chega vindo da Avenida Brasil, (no meu caso montado numa bicicleta equipada com pneus de 20mm), dificilmente arrisca pedalar num piso lunar de granito onde supostamente se encontra a ciclovia (!!!), ou no paralelo irregular da avenida, e opta pelo asfalto da rua rejuvenescida. Outros, equipados com pneus BTT, pelo menos têm uma boa alternativa que é atravessar os caminhos sombreados pelas árvores do jardim.
A zona do Passeio Alegre tem valores históricos e artísticos que deverão ser considerados, não apenas como elementos urbanos mas sim como fazendo parte de um todo que deve viver em estreita relação com a natureza. A preservação da moldura do jardim é importante, e é necessário o seu enquadramento com o rio, numa visão moderna que acautele os espaços e a sua qualidade. A cidade e todos nós só teríamos a ganhar.
(Poste clonado de um gajo que anda por aí na bicicleta.)
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Arrancou, recentemente, o Censos 2011, o maior levantamento estatístico sobre a população portuguesa. Esta mega-operação feita porta-a-porta tem por principal objectivo traçar um retrato fidedigno dos portugueses, tanto a nível individual, como familiar e perceber como somos, onde vivemos, como vivemos e em que condições trabalhamos. Disseram-me que poderia responder ao inquérito pela net a partir do dia 21 mas avisou-me o bom senso para não ir logo na conversa e desatar a congestionar e entupir o serviço online, como de facto aconteceu logo no primeiro dia. Mas passando os olhos pelos formulários, eis que surge a questão nº 32. Informam o inquirido que: se trabalha a recibos verdes, mas tem um local de trabalho fixo dentro de uma empresa, subordinação hierárquica efectiva e um horário de trabalho definido, ou seja, de forma ilegal, a opção a assinalar será "trabalhador por conta de outrem"! Então, quer dizer, a entidade patronal usa e abusa do “colaborador”, age em desacordo com a lei, e as pessoas têm de assinalar a cruz que indica exactamente o contrário? Para quê? Para ficar bonito nas estatísticas do governo? Ou apenas para camuflar os falsos recibos verdes de trabalhadores com plenos direitos sociais? E colocar uma cruz numa “outra situação” uma hipótese vaga que não reflecte a realidade de muita gente, de uma subordinação laboral imposta ilegalmente. Andei eu, na década de 90, quatro anos a passar recibos verdes ao Estado, de uma forma ilegal, e afinal era trabalhador por conta de outrem, sem contrato como deveria ter, com os benefícios/obrigações que daí deveriam resultar! Que parvo que eu fui.
Não bastando isso, agora leio isto: “Sem-abrigo recenseados em habitação de luxo. Dormem na Gare do Oriente e são recenseados nas Torres São Rafael e São Gabriel, as duas torres emblemáticas do Parque das Nações.”
Belisquem-me, ó faxabôre! Estas pessoas merecem mais respeito. Coragem era saber quantos são, como vivem, porque estão nesta situação! Continuam a querer obrigar-nos a enfiar a cabeça na areia. Somos um povo que vive na ilusão, na aparência e mais uma vez estes "Censos" que deveriam fazer um recenseamento que retrate minimamente a realidade e nos faça perceber como somos, onde vivemos, como vivemos e em que condições trabalhamos, apenas servem para fazer uma "cosmética estatística" ao real estado deste País!
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