Um bom fim-de-semana, deseja-vos o autor!
sexta-feira, novembro 27
incauto
poste do paulofski 13 que não esperaram em silêncio
quinta-feira, novembro 26
and the show must go on...
poste do paulofski 9 que não esperaram em silêncio
quarta-feira, novembro 25
abram a porta
De todos os tipos de violência, a que é praticada em ambiente familiar é uma das mais cruéis e perversas. O lar, que é identificado como um local acolhedor e seguro, passa a ser um ambiente de constante perigo, palco diário de um estado de ansiedade e medo permanente. Envolta num emaranhado de emoções e relações afectivas, a violência doméstica mantém-se como uma sombra da nossa sociedade.
Tal como as vítimas, os agressores têm um novo perfil. Mais jovens, possuem alguma instrução e são socialmente bem estruturados, não necessariamente alcoolizados ou sob influência de drogas. Tanto pode ser o marido, o pai, o companheiro, o namorado, o ex-marido, o ex-companheiro ou o ex-namorado que não aceitou o fim da relação. Tanto podem ser homens ou mulheres. O agressor, no íntimo do lar, abusa da violência física, psicológica e até sexual sobre o conjugue, sobre os pais, os avós, os filhos, crianças e adolescentes. É um problema universal que atinge milhares de pessoas, não costuma obedecer a nenhum nível social, económico, religioso ou cultural específico, na maior parte das vezes é exercida de uma forma silenciosa e dissimulada, continuada, nem sempre denunciada por medo e vergonha, sendo as mulheres em larga escala as que mais sofrem. A pouca auto-estima, a dependência emocional ou material da vítima em relação ao agressor, são normalmente factores de aceitação, raras vezes conseguem desligar-se do ambiente opressor em que vivem e dificilmente procuram ajuda externa. Esta violência cobarde não tem necessariamente de deixar marcas físicas. Com o objectivo de ferir, a violência praticada por elementos da família tem mais impacto na questão psicológica, é caracterizada por rejeição, humilhação, discriminação, desrespeito e punições exageradas. Trata-se de uma agressão que não deixa marcas corporais visíveis, mas emocionalmente causa cicatrizes indeléveis para toda a vida onde, em muitos dos casos, o agressor faz com que a vítima se sinta culpada.
Em algumas sociedades, os homens vêem a violência como algo quase natural, como sinónimo da masculinidade, onde se institucionalizou que o homem é que manda! Pautam-se por tradições e preconceitos difíceis de alterar, de desfazer. Devemos fazer tudo para mudar estes comportamentos violentos, os agressores devem ser responsabilizados e julgados pelos seus actos e as vitimas podem e devem denunciá-los. Segundo a Organização Mundial da Saúde, um terço das mulheres de todo o mundo já sofreu agressões físicas ou sexuais dos seus parceiros. Tenham acontecido essas agressões durante a infância ou na idade adulta, correm riscos elevados de terem, ou virem a ter, problemas de saúde. A violência doméstica possui aspectos políticos, culturais, policiais, jurídicos mas é também um caso de saúde pública e os profissionais de saúde estão numa posição destacada para perceberem os sinais e colher as denúncias de forma a intervir, ajudar a combater este flagelo.
Uma nódoa negra ou um braço partido podem ser algumas marcas visíveis de um caso de violência doméstica. Mas, e o resto? "Não queremos o óbvio. Não queremos o braço partido. Queremos as formas mais subtis. Queremos perceber em que medida doenças para as quais nós não temos ainda um conhecimento exacto das suas causas podem estar relacionadas com situações de violência", explica Henrique Barros o coordenador do projecto DoVE. Querer perceber o que se passa na comunidade das "pessoas normais, pessoas como nós". Saber qual a frequência do problema da violência nos vários países europeus, possibilitar comparações e estabelecer uma relação mais ou menos directa com os problemas de saúde associados. Permitirá uma melhor percepção da expressão da violência de género, uma avaliação quantitativa da violência contra os homens, analisar o que se passa no mundo das relações homossexuais. As respostas podem trazer surpresas, mas, à partida, Henrique Barros espera encontrar valores elevados de violência nos mais jovens, mais homens batidos, demonstrar de uma forma científica e padronizada os efeitos na saúde, deparar com "poucas situações graves e muitas menos graves". Os dados do DoVE serão baseados em entrevistas a cerca de 800 pessoas de cada um dos oito países (Portugal, Suécia, Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Espanha, Grécia e Hungria). "No limite, queremos mudar leis. Queremos melhores estatísticas para melhor saúde". Um exemplo? "Meter a questão da violência nas consultas. Da mesma maneira que existe a rotina de medir a tensão arterial, era bom que também nos inquirissem directa ou indirectamente sobre este tipo de situações. Uma pessoa não vai ao médico a dizer "bateram-me". Vai dizer que lhe dói a cabeça, o estômago. Vai hoje, não melhora, volta amanhã. Há um consumo maior de cuidados de saúde. Temos de começar a perguntar. Caso contrário, podemos perder uma parte de um problema e que pode ser vital." Abram a porta às equipas da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto que vão contactar pessoas entre os 18 e 64 anos que vivem no Porto, escolhidas aleatoriamente. "É importante que saibam que lhes vamos bater à porta para falar deste tema difícil, que nos recebam e respondam", sublinha Henrique Barros. O facto de a violência doméstica ser um crime público coloca um dilema. O que fazer perante uma pessoa que diz que é batida todos os dias? Ser cúmplice ou denunciar? Nenhuma das duas. Propor ajuda, todo o tipo de ajuda, é a solução. Assim, na pior das hipóteses, a ajuda pode bater à porta.
- Do you really want to hurt me (Karen Souza)
poste do paulofski 15 que não esperaram em silêncio
terça-feira, novembro 24
ah, sua vaidosa!
“Por ti vou roubar os anéis de Saturno”, seria então uma declaração de amor já fora de moda!
eu subiria os degraus e aos anéis me prenderia.
No céu podia tecer uma nuvem toda negra.
E que nevasse, e chovesse, e houvesse luz nas montanhas,
e à porta do meu amor o ouro se acumulasse…
poste do paulofski 6 que não esperaram em silêncio
segunda-feira, novembro 23
sexta feira passada...
Mas que titulo mais estranho para uma imagem tão sugestiva! Pensei. Um casal que sorri e um alce tão bem disposto, de que estarão a sofrer? Questionei-me, enquanto ia acelerando o passo antes que começasse a chover. Chego à porta, e enquanto a mão direita procurava as chaves no bolso, a mão esquerda revirava o papel. Percebi que era um pequeno folheto desdobrável com muitos dizeres. Já dentro do elevador abri o folheto e li o seguinte:
Todo o sofrimento ACABARÁ EM BREVE
Outra vez!...
Em algum momento na vida, você provavelmente já se perguntou: “Por que há tanto sofrimento?” Há milhares de anos, o homem vem sofrendo muito devido a guerras, pobreza, calamidades, violência, injustiça, doenças e morte. Nunca houve tanto sofrimento como nos últimos cem anos. Será que um dia isso tudo vai acabar?
Sim, realmente isso deveria acabar, mas onde quererão chegar? Continuei a ler…
Que consolo é saber que vai sim, e muito em breve! A Palavra de Deus… (blá blá blá, só para atalhar)… Depois que Deus acabar com a maldade e o sofrimento, a Terra será transformada num paraíso…
Ui, querem ver que já há argumento para uma sequela do filme!?
2013 - Agora é que é!
Eu acho que de deveria haver uma lei, um qualquer programa, sei lá, para nossa protecção contra este tipo de testemunhas. Nunca as palavras PAPEL PARA RECICLAR me fizeram tanto sentido! E depois do poste escrito e publicado fui à casa de banho aliviar o meu sofrimento!
poste do paulofski 7 que não esperaram em silêncio
sexta-feira, novembro 20
fui ver o filme 2012...
Jack Johnson - Atlantic City
Bom fim-de-semana.
poste do paulofski 20 que não esperaram em silêncio
quarta-feira, novembro 18
obrigado rapazes
Começou por ser um jogo do tudo ou nada, uma autêntica final, onde não só se garante o apuramento, mas também está em causa o prestígio do futebol português pelo percurso até aqui efectuado, e porque a selecção da Bósnia era tida como uma equipa das mais fracas desta última fase. No jogo da Luz, os matulões dos bósnios demonstraram que não são nada toscos e só não foram capazes de marcar golos porque estavam com uma pontaria danada aos ferros. Muito provavelmente a baliza portuguesa estaria benzida, mas isso agora são outras rezas. Bom, apesar de todos os avisos que pudessem ter sido feitos sobre a equipa adversária, não jogamos nada bem e acabamos até por ter bastante sorte, aquela sorte que não tivemos em outros jogos.
Todo o dramatismo em torno do jogo em Zenica, ambiente de guerrilha (uiiii, já chovem óvnis na cabeça do bandeirinha!) e fanatismo exacerbado não conseguiram intimidar os nossos heróis lusos. Num campo mais apropriado ao cultivo de batatas, maltratado e acanhado, supostamente um infernozinho, Portugal apresentou-se personalizado, batalhador e sofredor perante a atiçada sobranceria bósnia (uiii… quase que era o segundo). Não me apetece agora analisar as opções técnico-tácticas de Carlos Queirós nem as incidências do jogo, limito-me a realçar a presença imbatível do Eduardo, a barreira intransponível do Bruno e do Ricardo, o grande esforço do Paulo e do Duda, a importância estratégica do Raul e do Pepe, toda a sabedoria e experiência do Deco, do Tiago e do Simão, as fintas endiabradas do Nani e do Liedson (olha… olha… quase que era outro!) e o sofrimento de todos os que não puderam jogar mas que roeram as unhas até aos sabugos. Aí está, acabouuuu…! Ufffa, desta vez não acabamos com o coração nas mãos até ao último minuto, nem obtivemos uma das famosas vitórias de “meio a zero” do sargentão. Foi uma vitória mais que merecida e que finalmente nos carimba o passaporte para a África do Sul.
Obrigado rapazes, parabéns Portugal!
poste do paulofski 24 que não esperaram em silêncio
a diferença é o que nos torna especiais
Esta foi a minha participação no desafio que paira pelo blogobairro. Só espero que tolerem a falta de roupa das mocinhas lá em cima que tal como eu viram as costas à intolerância e ao preconceito. Lembrem-se do titulo do poste, ó faxabôre! O que realmente interessa é o sentimento e o interior das pessoas, sejam elas magras, altas, gordas, baixas, lindas, morenas, brancas, asiáticas, negras, loiras, índias…
poste do paulofski 13 que não esperaram em silêncio
terça-feira, novembro 17
foi um prazer
Há tempos deste-me o teu calor e sabor,
Ofereci-te a boca doido para te beijar.
Sorvia-te cúmplice depois de um café,
Em roda de amigos, conversa de bar.
Escravo num trago, prendeste-me a ti,
Romance proibido em ritual de amor.
Cansaste-me a vontade, fintei-te, olé,
E separados ficamos, sem razão ou motivo.
Malvado o vento que te traz a mim, passivo,
As narinas me fustigas, ainda hoje te senti!
Mas há muito que me lembro te ter apagado
Da minha mente e agora respirar aliviado.
David Bowie - Ashes to Ashes (Live)
poste do paulofski 13 que não esperaram em silêncio
domingo, novembro 15
e é tão simples
Chove e chove e chove
e a água é transparente e fria
e salto poças no meu caminho
e são mais que muitas…
Chora sobre mim
e a água bem perto encolhe-me o corpo
e deixa-me enrugados os dedos das mãos
e lava-me a cara, beberico-a doce.
De dentro para fora, de fora para dentro
e corre mais uma gota pelo meu casaco
e sinto arrepios pela espinha.
Escorre sobre mim
e abrigas-me no teu aconchego
e abraço-te e molho-te
e escorro sobre ti...
e é tão simples
numa quente e deliciosa música
poste do paulofski 6 que não esperaram em silêncio
sábado, novembro 14
sexta-feira, novembro 13
miiaauuuu....
De “O gato e o escuro”, Mia Couto.
poste do paulofski 10 que não esperaram em silêncio
quinta-feira, novembro 12
gabinetêvê [12]
O anúncio publicitário português «Cinco Razões para não usar preservativo» foi considerado o melhor anúncio governamental europeu de prevenção da Sida num concurso internacional – dinamizado pelo governo alemão «European AIDS Video Clip Contest - Clip & Klar europe 09», segundo anunciou hoje a Coordenação Nacional para a Infecção VIH/Sida.
O júri do concurso foi constituído por um conjunto de profissionais destacados da área cinematográfica, dos média e da prevenção da infecção VIH. A entrega do prémio ao governo português teve lugar hoje em Colónia, no âmbito da Conferência Europeia de SIDA que se realiza nesta cidade alemã até dia 14 de Novembro.
O spot premiado de promoção da utilização consistente do preservativo foi exibido nas televisões portuguesas em Outubro de 2007 e conta com a participação de diversas figuras públicas nacionais: Vítor Norte, São José Correia, Pacman, Cucha Carvalheiro, Sara Prata, Rita Salema, Bruno Nogueira e Alberto Quaresma. O anúncio vai agora voltar a ser exibido.
poste do paulofski 8 que não esperaram em silêncio
quarta-feira, novembro 11
público, publico
Aqui em privado, que ninguém nos ouve, com vontade e verdade eu, público, publico que é pelo facto de julgarmos o todo e não o individuo que paga o justo pelo pecador. Então, já que têm a fama, pelo menos que tenham algum proveito:
Havia um trabalho importante para fazer e Toda-a-Gente tinha a certeza que Alguém o faria. Qualquer-Um podia fazê-lo, mas Ninguém o fez. Alguém se zangou porque era um trabalho para Toda-a-Gente. Toda-a-Gente pensou que Qualquer-Um podia tê-lo feito, mas Ninguém constatou que Toda-a-Gente não o faria. No fim, Toda-a-Gente culpou Alguém, quando Ninguém fez o que Qualquer-Um poderia ter feito.
Foi assim que apareceu o Deixa-Andar, outro funcionário para evitar todos estes problemas.
(Para melhor entender a anedota clica na imagem, depois no "START" e de seguida, uma a uma, nas actividades até ao "EXIT". Têm tempo até às 17 horas para acabar o expediente.)
poste do paulofski 11 que não esperaram em silêncio
segunda-feira, novembro 9
berlim
poste do paulofski 9 que não esperaram em silêncio
sexta-feira, novembro 6
é melhor parar por aqui!
Queen - I want to break free
Bom fim-de-semana
poste do paulofski 14 que não esperaram em silêncio
quinta-feira, novembro 5
moleza
poste do paulofski 11 que não esperaram em silêncio
quarta-feira, novembro 4
querem que vos conte?
É claro que tudo começou muito bem! Aquilo é enooooorme. Logo ao cimo das escadas rolantes, mesmo à entrada, oferecem espaço para a alimentação. Fiquei confuso. Até existe lá uma creche! Deve ser para que inconveniências como crianças ou fome não atrapalhem as compras, pensei! Lá mais para a frente, no final da minha aventura, até achei que nem seria má ideia se houvesse também um serviço de relações conjugais ou aconselhamento matrimonial! Li inclusive, há dias, que na Noruega o Ikea oferece a possibilidade dos clientes pernoitarem. Não sei se ficaria mais barata a estadia caso tivessem de montar as próprias camas! Assim até teriam de ficar uma semana! Adiante.
Entro num intrincado sistema de corredores, de sentido único, e percorro tudo o que não me interessa até chegar ao dito banquinho. Embora de início tenha ficado com dúvidas para que serviria, felizmente não aceitei o enorme saco amarelo que me foi proposto. O Ikea diz-nos o que podemos encontrar e quem quiser alinha, libertando assim espaço na sua vasta colecção de coisas para encher com mais coisas. Pelos vistos não foram só os portugueses que se deixaram enfeitiçar pelo negócio. Aquilo estava cheio de casais espanhóis que cá vêm entupir o parque de estacionamento e os corredores da loja, dando um colorido sonoro à experiência. Antigamente, íamos nós ao Corte Inglês! Mudam-se os tempos... E bem que se podiam inspirar na arrumação cuidada e minimalista dos espaços onde são recebidos, mas não! Circulam descuidados e animalescos (dando razão aos meus receios), de mãos dadas, a passear por cenários utópicos, imaginando-se num quarto Aspelund, confortavelmente deitados numa cama Camila, envoltos em têxteis Beata, admirando a textura dum móvel Bestå. É de facto uma loja multifacetada, tem tudo o que não precisamos num sitio só. Ali, “hombres” viris, machos latinos, transformam-se subitamente em dedicados elfos do lar, com particular interesse nas panelas, nos abat-jours ou em tábuas de engomar.
No meio do processo fiquei sozinho, como uma criança perdida, e fui salvo no último momento ao socorrer-me do GPS de bolso. O que me valeu foi o telemóvel para reencontrar a família. Munido do talão de encomenda, percorro, soando as estopinhas, todo o longo percurso que me iria devolver à natureza. As indicações levam-me até um descomunal elevador e, sem saber bem como, saio para um armazém tipo hangar de aviões, repleto de prateleiras cheias até ao tecto. Mais ao fundo, vislumbro finalmente uns raios de luz e aí as minhas esperanças de sobrevivência renovam-se. Uma vez chegados às caixas foi só seleccionar ,das 4 que estavam abertas, a que tivesse uma fila menor e esperar uma meia hora. O cheiro gorduroso que vinha da esplanada de alimentação, mesmo em frente, fez-me então perceber que já passava da hora do almoço, e o quanto a resistência pode ser fútil. Pagamento feito, ainda faltava um pequeno e relevante acto final, recepcionar o objecto motivador de toda esta epopeia. E o que é que era mesmo? Ahhh… o banquinho VITAMIN. Com a caixa debaixo do braço, seguimos cambaleando até ao carro, exaustos e aliviados por termos escapado à tortura. A nossa relação sobreviveu à provação do IKEA, bem como o banquinho que ainda resiste, não tivesse sido eu a montá-lo!
poste do paulofski 14 que não esperaram em silêncio
terça-feira, novembro 3
e agora, ainda estão faceiros?
Pois o que este interface de notícias me dá a saber é que desta vez não deveriam ficar sentados com o livro a tapar a face. Espero que resolvam temperar a alface, isto é, investigar sem facilitar!
poste do paulofski 9 que não esperaram em silêncio
domingo, novembro 1
o som da frente
poste do paulofski 5 que não esperaram em silêncio