quarta-feira, setembro 28

cães e bicicletas

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Por alguma razão, alguns cães nunca se deram lá muito bem com as bicicletas e têm a tendência para perseguir afoitos ciclistas. Talvez seja para sacudir as pulgas, como aventou um amigo, ou por ser a bicicleta algo ameaçadora para eles, o facto é que às vezes cães e bicicletas não combinam. Posso dizer até ter já alguma experiência em escapar aos pulguentos quando pedalo as minhas bicicletas, mas nem sempre com sucesso. Houve até um gangue que me emboscava sempre na mesma estrada, lá para os lados da Praia de Valadares. Assim que me pressentiam no faro ladravam-me e exibiam ameaçadores caninos, apenas me restando antecipar uma vigorosa pedalada na esperança de os ver ficar para trás, felizes talvez por mostrarem a sua audácia em enxotar o inimigo. E por incrível que pareça, o pior dos três rafeiros era o mais pequeno! Bem, o ideal, na verdade o mais seguro, ao avistar-se um peludo à solta o melhor será abrandar a pedalada, parar e até desmontar da bicicleta, pois eles assim já não se mostram tão corajosos, ladram um pouquinho e vão embora, provavelmente a rosnar algo do género: “Olha, este não quer brincar!”. Mas desde aquele quase fatídico final de tarde, em que primeiro tive um encontro imediato com o lombo de um animal e depois o impacto com os duros paralelos, que ao avistar um cão atravessar-se nas minhas pedaladas até as pernas me tremem. Como em muitas ruas, passeios, ciclovias, e caminhos xacobeos por entre milheirais (descobri-o recentemente à má fila de um boxer nervoso), muitas áreas urbanas são compartilhadas por pessoas que dão trela aos seus bobis. Caso os donos sejam responsáveis não correrei o risco de um cão solto se intrometer no meu caminho, e caso isso suceda eu terei todo o direito de resmungar com o irracional que o deixou fugir. No entanto, temos sempre de contar com muitos cães vadios e abandonados que proliferam nas nossas cidades que se aventuram contra nós. Nas estradas, isso acontece com alguma frequência, sendo uma boa estratégia a adoptar, para nos defendermos, ter sempre à mão o bidon com água para lhes refrescar os ânimos com uma esguichadela inofensiva no focinho. É certinho que a fera renuncia imediatamente os seus intentos caninos.


Ora, por estes dias, voltei a dar de caras com uma velha conhecida da Ribeira, a cadela Sheila. Está mais velha e pachorrenta, já não afugenta com o mesmo vigor quem ousa pedalar à frente do seu nariz. Ganhei-lhe respeito na tarde em que ela se abeirou de mim com um olhar pouco amistoso. Eu pedalava devagar e iniciava a subida do Cais da Ribeira para a ponte Luis I. Ao perceber os seus intentos o mais sensato seria apear-me, mas eis que a impetuosidade falou mais alto e segui em frente, acelerando o mais que pude, mas ocorreu o trivial. Ela em correria desenfreada na minha direcção e eu a pedalar na esperança de lhe escapar, só que surgiu a inesperada necessidade de travar a marcha e assim ofereci-lhe de mão beijada a oportunidade de me abocanhar a rechonchuda barriga da perna. Só não fiquei com uma mordida gravada na pele porque a bicha estava açaimada, mas que ela a saboreou disso não fiquei com a menor dúvida. Percebo que os cães agem por instinto, em autodefesa, mais ou menos legítima, só não entendo porque razão são largados soltos na via pública a atentar contra terceiros. Tenho uma teoria que poderá explicar os cães odiarem as bicicletas: Cá para mim o que os move são os ciúmes, porque em todo o caso a bicicleta rivaliza com eles na qualidade de melhor amiga do homem.


terça-feira, setembro 27

o menino faz anos

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O puto está crescido!!!

1998 parece que foi há décadas e não apenas há 13 anos atrás, quando dois estudantes da Universidade de Stanford se juntaram para dar inicio a um projecto que iria alterar a Internet e a nossa vida para sempre. Parabéns Google!

sexta-feira, setembro 23

bailinho da Madeira

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Artigo de opinião escrito por Leonel Moura, retirado daqui.


Em certos países Alberto João Jardim estaria hoje em grandes apuros, destituído, processado, eventualmente preso. Por cá não lhe vai acontecer nada. O mesmo não se pode dizer dos restantes 10 milhões de portugueses que vão receber a conta de um bailinho que dura há três décadas.


Conceda-se, Jardim tem estilo. Um estilo trauliteiro, burlesco, depreciador das regras mínimas de convivência civilizada. Eleito democraticamente age como um ditador. Humilha os adversários, censura, persegue quem ousa criticá-lo. É um homem de outro tempo e de outra cultura. Para ser um Kadhafi só lhe falta a tenda, e já agora o petróleo. Como não o tem vai saqueando o país inteiro. Hábil nas ameaças, quantas vezes já acenou com o separatismo, ainda é mais habilidoso a conseguir o que pretende. E todos, sem excepção se têm vergado à sua vontade. Governos socialistas, sociais-democratas, sucessivos presidentes, todos cederam. Ninguém sai incólume desta história.

Agora foi apanhado em flagrante. O buraco da Madeira finalmente abriu-se à vista de todos. E tal como em tanta farsa que abunda nos dias que correm, a súbita indignação dos agentes políticos e dos responsáveis institucionais é patética, hipócrita, indigna mesmo. Toda a gente sabia.

As irregularidades são evidentes, confirmadas até pelo próprio naquilo que Jardim designou, com a habitual displicência, por um "lapsus linguae".

O esquema é simples de explicar. Combina-se a obra, faz-se e inaugura-se, mas sem emissão de faturas que são atiradas para uma data posterior. A despesa não é contabilizada e não aparece nas contas públicas. Mais tarde emerge como dívida.

O esquema é simples mas ilegal. Mesmo para um leigo ficam no ar algumas questões. Existiram cadernos de encargos, concursos, adjudicações, contractos, registos administrativos? Se não existiram é um caso de polícia. Mas se existiram como foi possível não detectar a inexistência de facturação? Que entidades deviam fiscalizar e não o fizeram? Com o túnel ou a estrada inaugurados ninguém reparou que não havia conta para pagar?

O mundo está cheio de engenharias financeiras. No sector privado elas são corriqueiras, mas na Administração Pública, porque estão em causa dinheiros dos contribuintes, é suposto existirem mecanismos de controlo que as impedem e vão desde os serviços da entidade adjudicante ao Tribunal de Contas e chegam mesmo aos organismos europeus. Aparentemente para a Madeira tudo isto falhou. E das duas uma, ou houve incompetência ou conivência.

É por isso que reduzir este "caso" ao arquipélago e à figura truculenta de Alberto João Jardim, esconde a realidade dos factos. O buraco da Madeira puxa Portugal para mais perto da Grécia. Os mecanismos de fiscalização não são fiáveis, a justiça não funciona, a irresponsabilidade prolífera na administração pública.

Ninguém escapa. O Presidente da República mostra mais uma vez falta de isenção e postura suprapartidária. Basta comparar a solene e extemporânea declaração ao país em 2008 por causa do académico Estatuto dos Açores e a presente complacência para com as tropelias de Jardim.

O PS nunca conseguiu realmente enfrentar Jardim e, não poucas vezes, lhe aparou os maiores golpes. Isto para não falar da incapacidade de se apresentar como alternativa democrática e apresentar candidatos decentes.

PC e Bloco também não podem falar de alto porque, exceptuando a asfixia democrática, a Madeira representa aquilo que defendem. Ou seja, funcionalismo da maioria da população, intenso investimento público. E até, uma vez apanhado em flagrante, Jardim, tal como Louçã e Jerónimo, também quer a renegociação e mesmo o perdão da dívida. O PP é o único que apresenta um discurso coerente sobre o assunto. (!!!) (as exclamações são minhas)

Mas é claramente o PSD que fica pior na fotografia. Seguindo o exemplo da China, vive em regime de um partido dois sistemas. O do Continente onde se mostra muito moralista, defensor do rigor financeiro, adverso ao investimento público e o da Madeira onde reina a imoralidade, a trafulhice e o esbanjamento do dinheiro público. Afinal, sabemos agora, a grande gordura que caberia mesmo cortar encontra-se na barriga de Jardim.

quarta-feira, setembro 21

a Ribeira Negra

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Um texto de Eugénio de Andrade sobre o painel Ribeira Negra, de Júlio Resende, em A Cidade de Garrett (1993)

Agora vinde cá, que vos quero dizer uma coisa. Como sabem, o grande cronista desta terra foi Camilo Castelo Branco, esse diabo, que não é tão feio como o pintam. Mas depois de Camilo vieram outros: o Ramalho, que era um homem de respeito, o Raul Brandão, que tinha um olho muito fino para os pescadores da Foz e para aquele mar, e já nos nossos dias, a Agustina, que fala do Porto ora com azeda melancolia ora com incomparável sedução. Mas a cidade tem outro cronista admirável, em que se não repara tanto por não se servir de palavras. É de Júlio Resende que estamos a falar. Agustina e Resende são em rigor contemporâneos, mas o olhar inquisitoriamente poético de ambos contempla realidades muito diferentes. O mundo que despertou o interesse da romancista é o da burguesia decadente, o da aristocracia rural, com algumas incursões às esferas da finança e da política; ou seja, um mundo pelo qual a pintura de Resende tem um soberano desprezo.

A gente a que o pintor sempre procurou dar corpo e alma, e que lhe sai ao caminho mal pega no lápis e no pincel, é aquela a que Fernão Lopes chamou arraia-miúda. Isto, que nunca passou despercebido àqueles que seguiram empenhados a sua obra, tornou-se pura evidência a todos quantos tinham olhos na cara a partir de Ribeira Negra, o magnificente historial da miséria e da grandeza da população ribeirinha do Porto, exposto pela primeira vez em 1984, no Mercado Ferreira Borges.

Há uma brutalidade nesta pintura, digamo-lo sem qualquer hesitação; brutalidade que consiste em obrigar-nos sem trégua a pensar que o homem é o mais mortal dos animais, que o seu corpo não cessa de ser corroído pela lepra do tempo, que o esplendor da sua juventude se converte com facilidade na mais grotesca paródia de si próprio, que tudo nele está inexoravelmente votado à morte.

É uma crueldade, é certo, mas a compensá-la há também em Resende uma infinita piedade por estas criaturas cobertas de farrapos, quase sempre mulheres envelhecidas muito antes de serem velhas, porque tudo lhes faltou excepto o mais amargo da vida, e a quem também coube em sorte, apesar de tudo, semear a terra da alegria.

Se pensais que exagero, olhai este painel de cerâmica, variações da anterior Ribeira Negra, que lhe encomendou a Câmara do Porto justamente para a Ribeira, num gesto análogo ao da Câmara de Barcelona para murais e esculturas de Miró.

Com mão aérea e certeira, o pintor, uma vez mais, povoou essa centena de metros quadrados de grés com as suas visões líricas ou dramáticas: crianças, mulheres, adolescentes, animais repartem entre si o espaço e o ritmo, a cor e a luz da sua cidade, com um lúcido ardor que é o outro nome da sabedoria. Posso garantir-vos que desde os seus primeiros trabalhos, toda esta figuração, vinda do mais rasteirinho da terra, estava destinada a ascender pela sua mão a essa suprema dignidade que só a arte confere. Eu creio que o que se faz aqui é mais do que perpetuar o rosto de uma cidade, de um país – é dar, apesar de tudo, algum sentido à vida.

Júlio Resende

Júlio Resende, “Ribeira Negra”, Porto, 1986
painel em grés cerâmico, 54 metros de comprimento
fotografia ho visto nina volare, 10.09.2007

Dois anos depois da exposição da tela original no Mercado Ferreira Borges, Júlio Resende executou o painel cerâmico com 54 metros de comprimento, que viria a ser inaugurado em 1987 na avenida Gustavo Eiffel, próximo do acesso ao tabuleiro inferior da ponte Luís I.


Júlio Resende

Júlio Resende, “Ribeira Negra”, Avenida Gustavo Eiffel
fotografia de Carlos Silva, 18.10.2009

"O painel Ribeira Negra é um abraço a um povo que reflete os ‘estados de alma’ de um rio único! Diante dele, elevam-se esperanças, em voos de gaivotas." (Júlio Resende)

edicão especial !!!

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A noite passada, depois do jantar no bucho e da loiça na máquina, refastelei-me no meu sofá e "zapei" o televisor. Em vez do habitual debate das terças-feiras sobre a jornada futebolística do final de semana, o Trio de Ataque, dava um outro debate mas político. Recordando que a RTP mudou recentemente de roupagem e resolveu alterar o nome do canal, de Noticias para Informação (!!!), quis saber mais sobre a programação e pressionei o botão i do comando. Eis que surgiu a seguinte informação no ecrã:

Afinal, que fita me escapou ontem, é que não vi!? Foi um thriller ou um filme picante!?




segunda-feira, setembro 19

a minha composição

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Nos tempos da escola primária, toda vez que voltávamos às aulas a professora pedia que fizéssemos uma redacção composição: "As Minhas Férias". Sim, meus amigos, eu sou do tempo em que redacção ainda se chamava composição. Quando a gente, e essa gente era eu e o meu irmão, íamos para a aldeia de nossos avós era óptimo: acordávamos com as galinhas, brincávamos nos campos, comíamos fruta das árvores e voltávamos todos sujos, tomávamos banho nas águas límpidas do ribeiro e voltávamos todos queimados, felizes com muita coisa para contar. Mas quando não saíamos da cidade era sempre a mesma ladainha: acordar tarde, passar a tarde sem muito que fazer (ainda não havia televisão, quanto mais...!) ou ir para a praia e voltar vermelho do sol. E assim o tempo foi passando e as férias escolares, que naquele tempo costumavam ser de três meses, ou mais, foram minguando cada vez mais.

Este relambório todo só para dizer que não há férias mais tranquilas, agradáveis e baratuchas que as de Setembro, e as minhas três semaninhas de "folga" já se acabaram. Estou mesmo tranquilo... a sério! A primeira manhã de trabalho está a terminar e nem dei pelo tempo passar! Concluindo a minha composição, curti bastantes dias de sol e de chuva, de muita chuva. Pedalei por diversos lados, recordei alguns lugares marcantes (Vila Nova de Milfontes e Aljezur) e conheci novas paragens como a Praia do Carvoeiro (na foto). Ir para fora cá dentro é o que está a dar.



sexta-feira, setembro 16

memórias das Mós

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Sei que era cedo, muito cedo. O relógio da sala não havia ainda terminado o seu badalejado acordar e já se ouviam os estrondosos morteiros lançados ao ar para anunciar as festas da Senhora da Soledade. Mós do Douro, terra quente de xisto, polvilhada de videiras, giesta e amendoeiras. O tumultuar abafado dos foguetes estilhaçava o céu turvado e ao mesmo tempo despertava-me da sonolência de mais uma manhã de Setembro. Já de pé, na soleira da velha porta da cozinha, procurei então pelo sol, queria avistar quem lá vinha no horizonte. Primeiro ouvi, escutei o vento tinha parado, mesmo assim senti um arrepio... É então que oiço, num estrondo rasgando os montes, o último orquestrar daquele tambor das trevas... Como que por um instante algo percorreu a minha cabeça... "jamais esquecerei este dia", pensei eu para com o algodão que me cobria o corpo e os branqueados trapos de linho que baloiçavam molhados no estendal. Apesar de sentir algum frio, sentia algo mais, mais que frio, um frio antigo, ao encontro de vários invernos, um frio aconchegante que tomava a liberdade não convidada de ondular pelos nervos mais profundos da minha espinha. Enquanto tentava remeter para a minha imaginação os disparates mais loucos da minha intuição ouço da minha avó o chamamento para a quentura de umas sopas de leite. Escusado será que a muito custo me conseguiu convencer. “Tou à espera do avô que foi buscar água fresca”, respondi-lhe.

Ali até o tempo é falso, o céu é devorador e o chão torturante, tudo cresce mas a muito custo se vive. O povo era abastecido de água do "cano". No fontanário deixavam-se as vasilhas, horas a fio, a “marcar vez”. Depois os corcéis de pêlo pardo, cauda tenebrosa, de busto couraçado e crinas fendidas, transportavam nos seus dorsos o líquido precioso, que nem a poeira mais seca, levantada por poderosas passadas, se atrevia a cobrir, seguras por mãos fortes que as rédeas de grilhões prateados guiavam na dignidade de homens duros do campo. Aquelas serras altas e secas contam o passar dos anos, não param de dançar ao sabor do vento que desaparece e em menos de um abrir e fechar de olhos já o céu brilha, como a quem as nuvens fecham o olhar dos Deuses ao que se ia passar a seguir. O som, os cascos, o tremer do chão, o cheiro intenso e invulgar... o calor, aquele calor. Ali os dias vão e vêem, iguais, mas aquele dia não iria a lugar nenhum. Aquele dia traria a alegria da festa, do baile e do açúcar e o amargo da condição humana. De todos os sentidos, daqueles que teimam em persistir, lembro-me a propósito que a minha audição era o maestro que orquestrava ofegante a minha respiração, como a que um hino compõe a tudo o que via e sentia. O barulho dos cascos misturava-se com o do bater do meu coração, o jogo das cartas, dominó e matraquilhos com a música da orquestra, os passos de dança, de levantar cabelos e fazer saltar boinas das desgastadas nucas com o cada vez mais ensurdecedor trepidar dos foguetes, que como dizem os mais velhos "Festa sem foguetes não é festa!"

São três dias de festa em honra dos santos, em cerimónia com o espírito e o corpo. Um acto de devoção em que a oração vem primeiro, num convívio de gentes, da terra e de fora, numa pagã festividade que ao terceiro final de semana de Setembro invade a pacatez da vila e onde a romaria perdura até que se dê a volta ao Povo. E quando o resquício da última brisa havia contornado a minha face lembrando-me a minha avó que com o anunciar da festa saberia que os meus pais chegariam mais logo, volto a escutar ao fundo da rua o som dos cascos. "Arre macho!". Uma voz familiar trava o animal e, num protector suspirar, sinto então a sombra que já em cima de mim me abraça e me leva pela mão, casa adentro. A última coisa que recordo daquela manhã foi ouvir a terrível notícia trazida do Terreiro pelo meu avô: “o Luís Gaguito perdeu a mão!”.

Jamais esquecerei esse dia, mas nunca soube porquê este personagem não lançou ao ar o último morteiro, deixando que o petardo lhe rebentasse a mão direita, defronte do Café Santos. Mesmo assim, maneta, lá continuou a sua vida de trabalho, de sol a sol, segurando como melhor soube a dignidade de homem duro do campo.

A todos os mosenses e visitantes de tão bela terra desejo que neste fim-de-semana a vossa alegria inunde as ruas das Mós, encha de festa e de cor os vossos corações e liberte emoções em explosões de amor.

domingo, setembro 11

the big city

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even though I've never been there before.




quinta-feira, setembro 8

há dias, na Avenida de França...

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Cultura urbana? Vandalismo à parte. Arte contemporânea! Artimanha!!! Publicidade encapotada... que nada, é mensagem a turbodiesel. É Pessoa, itinerante... a fazer cócegas ao pensamento.