segunda-feira, fevereiro 21

testemunho a pedal [1]

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O Miguel no seu 1PNPeONP lançou o isco e eu apenas segurei o guiador com ambas as mãos, e acelerei nas teclas motivado a colaborar com o meu testemunho a pedal e "contribuir com umas linhas sobre a minha experiência, percurso realizado diariamente, principais dificuldades que encontrei e sugestões para dar aos ciclistas do Porto".

Aquilo que hoje é a minha realidade e um benefício extraordinário, eu só aprendi aos 6 anos, para deixar aos 18 e voltar a ela para me aventurar aos 40.

Era apenas mais um dos (auto)imobilizados no engarrafamento urbano. Perdia paciência e euros só para estacionar o popó perto do trabalho, bem no centro da cidade. Com o início da revolução intermodal que o Metro proporcionou à área metropolitana, e dispensado de algumas obrigações paternais, voltei a ser adepto das caminhadas e sócio dos transportes públicos. Sem querer, mas dando-me já conta disso, a obesidade e a ferrugem pesavam-me no corpo e, a partir de uma certa altura da vida, ou se começa a ter alguns cuidados físicos e abandonar maus hábitos, ou então poderá ser mais difícil nos convencermos, se nos queremos sentir mais fortes e saudáveis, que teremos de adoptar outros estilos de vida mais ousados. Vai daí, comprei duas biclas, a Etielbina para mim e Maria del Sol para a minha cara metade, aumentei a frota com a pequena para o meu pequenote e, mais tarde, tive de arranjar espaço para a Gorka lá na arrecadação. Aos poucos fui conquistando a afeição das amigas do ambiente e o resto, bem, o resto é paisagem, é absorver todo o prazer que elas me têm proporcionado.

(e a pedalada continua…)

6 comentários:

Kok disse...

Ora aí está!
Nada como arranjar uma Etelvina (Etielbina?) para lhe saltares para cima e com capacidade de te levar por ruas e travessas, pedalando livremente!
Ir de bicla para o emprego? Decerto que não moras a 20 km do dito...

Akele abraço pah!

Teté disse...

A ideia é fantástica, na teoria...

Porque no fundo tudo depende do percurso que se tem de fazer ou da habilidade para pedalar - a minha é pouca ou nenhuma, até porque nunca tive bicicleta na vida...

Também não trabalho fora de casa, mas no caso da minha cara metade também não dava, uma vez que tem de se deslocar frequentemente a clientes, muitas vezes com mercadoria. :)

paulofski disse...

Não Kok, moro a 5km, mas se madrugar e me der na telha até faço 20 de uma penada... digo, pedalada!

Baptizei-a de Etielbina pela feliz coincidência de ser uma bina (bicicleta) velhinha e da marca Etiel.

Akele abraço.

paulofski disse...

Na prática também Teté, e transportar mercadoria também não é problema como demontram vários exemplares equipados com cestinha. E por cá (não sei se o Metro de lisboa o permite) é permitido o transporte de bicicletas no Metro o que equivale a dizer que é meio caminho andado, de pedal e andante.

Teté disse...

Expliquei-me mal: nem os percursos são todos dentro de Lisboa, nem as "mercadorias" são tão leves! E o metro ainda não passa no local onde ele trabalha! :)

paulofski disse...

Mas Teté, podia muito bem ir buscar as compras da mercearia, ou não?!

:)