Como diz o povo, habituado que está ao sofrimento e à desgraça, “um mal nunca vem só”. Como se não bastasse as duas grandes dimensões do esquecimento, a miséria e a desertificação do interior, o resultado das políticas deste e de outros governos mais não são do que um destino pré-traçado: a extinção do Portugal profundo.
Paulatinamente, e de forma despudorada, ao longo dos tempos alguns serviços têm sido retirados das localidades do interior: as linhas de comunicação ferroviárias, os serviços públicos de transporte, as escolas, os correios, os postos da guarda, agências bancárias, a falência de muitas empresas e consequente fuga de empresários, a actual e desenfreada extinção da maior parte dos serviços médicos, têm deixado distritos inteiros num autêntico estado de “calamidade social”.
É hoje anunciado que o Ministério da Educação prevê o encerramento de 500 escolas do ensino básico e até ao final da legislatura devem fechar mais 400. Em muitas aldeias deste país o futuro está há muito encerrado e dos serviços outrora existentes, construídos no orgulho e com a força de braços dos seus resistentes habitantes, já só resta a memória dentro de quatro paredes vazias de vida.
Paulatinamente, e de forma despudorada, ao longo dos tempos alguns serviços têm sido retirados das localidades do interior: as linhas de comunicação ferroviárias, os serviços públicos de transporte, as escolas, os correios, os postos da guarda, agências bancárias, a falência de muitas empresas e consequente fuga de empresários, a actual e desenfreada extinção da maior parte dos serviços médicos, têm deixado distritos inteiros num autêntico estado de “calamidade social”.
É hoje anunciado que o Ministério da Educação prevê o encerramento de 500 escolas do ensino básico e até ao final da legislatura devem fechar mais 400. Em muitas aldeias deste país o futuro está há muito encerrado e dos serviços outrora existentes, construídos no orgulho e com a força de braços dos seus resistentes habitantes, já só resta a memória dentro de quatro paredes vazias de vida.
Na foto, a escola da Freguesia de Mós do Douro onde o meu pai frequentou a instrução primária. Construída há mais de 60 anos pela população, foi há tempos encerrada e é um dos muitos exemplos da situação actual.
3 comentários:
Uma vergonha! Embora se perceba que manter uma escola a funcionar só para meia dúzia de crianças seja bizarro, depois como é que elas estudam? Ou vão parar a kms de distância, tendo de fazer percursos diários longuíssimos, o que certamente lhes prejudicará os estudos e o rendimento escolar...
Mas estes governantes só falam de cifrões, estão-se nas tintas para as populações. E quem diz estes, diz quase todos os outros antes deles...
Bom fim de semana para ti!
Eu estou de acordo com a Teté. A decisão é uma faca de dois gumes. fecha-se a escola por não ter aunos. Certo. O problema é que depois as pessoas não vão viver para lá porque não há escola.
No final ficamos com o retrato que tu traças aqui. É a chamada pescadinha de rabo na boca...
Na aldeia dos meus pais já é assim. Só vive lá uma rapariga da minha idade e suponho que também esteja morta para sair. Mas pior que isso é a minha geração a abandonar Portugal. Em breve não serão só as aldeias a estar envelhecidas…
Abraço
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