Numa sala de aula, a professora pergunta aos seus pequenos alunos do que têm mais medo. Depois de um breve e tímido silêncio, um deles responde que tem medo do escuro, logo de seguida outro acrescenta que também tem muito medo de ficar perdido. Aí as respostas já se soltam sem medo, desenfreadas, uns têm medo das alturas, outros de morrer, e até do bicho-papão!... Vários medos foram confessados e anotados pela professora, cujo objectivo da pequena pesquisa era libertar os pequenos dos seus medos através do uso da razão. Mas uma das meninas permanecia calada e quieta, com um ar assustado, o que intrigou a professora. Por fim a menina lá falou que tinha muito medo do “malamém”! E o que é isso, perguntou-lhe a curiosa professora. É um monstro muito perigoso... E já viste esse monstro? Nunca vi, mas é um monstro tão perigoso que minha mãe pede todos os dias a Deus que nos livre dele, esclareceu a menina. Aí a professora já nem perguntava nada e só encolhia os ombros. Sabe senhora professora, quando a minha mãe acaba de rezar pede sempre a Deus... “e livrai-nos do mal. Amém”!
Não é preciso muito para se perceber o medo daquela menina, criado apenas pela sua imaginação e que muito provavelmente nunca terá ousado confessá-lo à mãe. Um medo terrível de algo que nunca existiu. Mas será que só as crianças têm medo do que desconhecem? Certamente, que não. O desconhecido gera medos em pessoas de todas as idades e desde sempre a ignorância das pessoas foi utilizada para se impor o terror do medo. Podemos ter tanto medo do desconhecido porque justamente os monstros criados pela imaginação geralmente são mais terríveis do que os reais, por exemplo o medo que temos da morte. O medo do inferno também tem feito reféns e o juízo final é outro tirano que atemoriza muita gente. Todos esses temores são frutos da ignorância e não há dúvida que também se tem medo de sentir medo! Enquanto a razão não se sobrepor aos medos, muita gente continuará a ser refém da própria ignorância.
Eu também tenho os meus medos e sempre tive pavor das alturas. Bem, agora já não terei assim tanto mas respeito-as como respeito a lei da gravidade que para mim é a mãe de todas as leis. Eu alimentava um medo da minha ignorância, um medo cego de voar, de um dia ter de entrar num avião e desconhecer qual seria a minha reacção. Ganhei coragem, voei e gostei, tanto que regressei da mesma forma. Mas poderei dizer que já perdi esse medo? Não, talvez ainda não o tenha perdido, mas percebi sobretudo que o medo não está nos aviões, nas alturas nem no nó do estômago. O medo é fruto de um jogo de poder que nos quer intimidar a todos, perpetuado pela nossa ignorância e por palavras de gente hipócrita, sem respeito pelo próximo, por ninguém, que intimidam pelo medo do castigo, pelo pavor da morte, a maior forma de perversidade e de terror que existe, o terrorismo verbal.
Não é preciso muito para se perceber o medo daquela menina, criado apenas pela sua imaginação e que muito provavelmente nunca terá ousado confessá-lo à mãe. Um medo terrível de algo que nunca existiu. Mas será que só as crianças têm medo do que desconhecem? Certamente, que não. O desconhecido gera medos em pessoas de todas as idades e desde sempre a ignorância das pessoas foi utilizada para se impor o terror do medo. Podemos ter tanto medo do desconhecido porque justamente os monstros criados pela imaginação geralmente são mais terríveis do que os reais, por exemplo o medo que temos da morte. O medo do inferno também tem feito reféns e o juízo final é outro tirano que atemoriza muita gente. Todos esses temores são frutos da ignorância e não há dúvida que também se tem medo de sentir medo! Enquanto a razão não se sobrepor aos medos, muita gente continuará a ser refém da própria ignorância.
Eu também tenho os meus medos e sempre tive pavor das alturas. Bem, agora já não terei assim tanto mas respeito-as como respeito a lei da gravidade que para mim é a mãe de todas as leis. Eu alimentava um medo da minha ignorância, um medo cego de voar, de um dia ter de entrar num avião e desconhecer qual seria a minha reacção. Ganhei coragem, voei e gostei, tanto que regressei da mesma forma. Mas poderei dizer que já perdi esse medo? Não, talvez ainda não o tenha perdido, mas percebi sobretudo que o medo não está nos aviões, nas alturas nem no nó do estômago. O medo é fruto de um jogo de poder que nos quer intimidar a todos, perpetuado pela nossa ignorância e por palavras de gente hipócrita, sem respeito pelo próximo, por ninguém, que intimidam pelo medo do castigo, pelo pavor da morte, a maior forma de perversidade e de terror que existe, o terrorismo verbal.
7 comentários:
Eu , nesta altura, medo, medo, verdadeiro medo, é só que os meus filhos e o meu marido morram antes de mim. Sou egoísta, mas é um medo que tenho, pronto!
Lendo este teu texto e o comentário da Gi, lembrei-me do que a minha amiga Elsa uma vez afirmou (convictamente):
"Há pessoas que se matam por terem medo de morrer!"
Claro que provocou uma gargalhada em todos os presentes; todavia...
A ignorância e o desconhecimento é que alimentam os nossos medos. Por isso é que prolifera aquilo a que chamas de "terrorismo verbal".
Bem e agora vou à cervejola; não por medo mas por sede!
Akele abraço, pah!
Por muito que digam todos nós temos medo uns duma maneira ou doutra.
Um abraço
Quem tem medo compra um cão (é melhor comprar o mais pequenote---Fuck You...eh...eh)
Beijos e Amassos
Não tenho medo de nada! Sou um homem!
Tenho é algum receio de ter medo...
lollllllllllllll
Um abraço
Tenho medo da própria sombra do medo! (do malamén, nem por isso, deve ser por já ser "crescidinha"...)
Sempre andei de avião quando foi necessário, até dizem que é o meio de transporte mais seguro à face da terra, mas caramba, quando corre mal raramente se sobrevive para contar... brrrr!
Beijocas!
É mesmo irmão, e foste logo arranjar dois, três, às vezes mais, e todos pequenotes!
Eheh...
Abraço pá!
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