Há expressões que me deixam como um burro a olhar para um palácio. Expressões populares que alguns dicionários identificam como provérbios, adágios, rifões, refrões, máximas, aforismos, apotegmas, conselhos, princípios, axiomas, slogans, clichés... Sentenças populares que, em poucas palavras, encerram verdades ou máximas morais, confirmadas pelo decurso de gerações, que muitos dizem provirem de mitos, de contos, de fábulas e de lendas da história, e que os mais interessantes são os criados pelo povo. Os rifões populares são a expressão da sabedoria do povo, na sua experiência pessoal e colectiva, do seu sentir, das suas emoções, havendo-os de todo o tipo, das mais variadas origens, ditos de geração em geração, referentes a várias situações, criados e conhecidos apenas em determinadas regiões. São o próprio povo. Fazem parte da sua memória e cada qual, na sua simplicidade, carrega importantes ensinamentos adquiridos por gerações com base na experiência de um quotidiano quase sempre ligado à vida no campo. Um provérbio dito na hora e contexto certo diz mais que muitos considerandos que empregamos amiúde, no dia-a-dia. Todos somos capazes de citar, assim de pronto, pelo menos uma dúzia de provérbios e, curiosamente, se nos perguntarem qual a sua origem, o que significam ou onde os aprendemos, dificilmente seremos capazes de responder, mas sabemos quais as ocasiões para os empregar e qual o partido que deles poderemos tirar, isso é certinho como uma improvável conversa fiada da qual fui espectador:
- Bem se vê que burro velho não aprende línguas…
- E desde quando um burro carregado de livros é doutor!
- Pois, pois, a pensar morreu um burro.
- Fale, fale pr'aí que vozes de burro não chegam ao céu…
Às tantas apeteceu-me ter-lhes perguntado:
- Será que nunca ouviram dizer que quando um burro fala o outro abaixa as orelhas?
- Bem se vê que burro velho não aprende línguas…
- E desde quando um burro carregado de livros é doutor!
- Pois, pois, a pensar morreu um burro.
- Fale, fale pr'aí que vozes de burro não chegam ao céu…
Às tantas apeteceu-me ter-lhes perguntado:
- Será que nunca ouviram dizer que quando um burro fala o outro abaixa as orelhas?
7 comentários:
ÓFAXABÔRE
:))
hoje é o dia mundial do burro?? ékessenum é parece ;)))))))
os mais velhos sabem na toda!! AHPOIZÉ.
Agora se me dás licença bou ali dar palha ó burro :))
xinhinhus pa tu da lua
Então mais um ditado .
muito come oburro mais burro é quem lho dá.
Ainda te lembras?...Come come que apalha é nossa.
Um abraço
Só que a expressão correcta é "olhar como boi para palácio". ;)
Ou então: Todo o burro come palha, a questão é saber-lha dar!
E o dito do nosso Ex.Célebre treinador: ""...e o BURRO sou eu??"""...(eu acho que era, mas este ainda é pior)
Abraço Mano
Coitadinho do jerico, que há muita gente mais "burra" que ele...
(mas concordo com a Gi, no caso do palácio é o boi a olhar...) :D
Beijocas!
E "Palavra de burro é coice".
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