Nem é caso para tanta admiração. Agora é a Nissan/Reanult que rompe o prometido. O consórcio anunciou a suspensão da fábrica de baterias em Aveiro para os seus carros eléctricos, um dos últimos investimentos estrangeiros anunciados pelo ex-primeiro-ministro José Sócrates.
Portugal vive desta dependência secular de tudo o que vem do estrangeiro, sejam pessoas, empresas, investimento... Estivesse este projecto aliado ao valor natural dos portugueses, ao seu “know-how”, capacidade criativa e organizativa, não seria nada mau. Mas nesta visão pequena, burguesa, de um Estado angariador de empresas estrangeiras em concorrência com as portuguesas para fazer projectos em Portugal, só dá nisto! À custa de enormes benesses e “incentivos” concedidos permanentemente pelo Estado às multinacionais, ao mínimo pretexto fecham portas ou nem as chegam a abrir.
Como se já não bastasse esta discriminação, e face à situação do país, o que será feito das PME’s portuguesas. O Estado não só lhes retira oportunidades de mercado, como através de impostos directos e indirectos as estrangula, lhes corta qualquer chance de competitividade face a empresas estrangeiras. Com a excepção da Volkswagen em Palmela e pouco mais, o investimento estrangeiro em Portugal tem sido pior que mau.
Que dirão agora o Coelho e o Relvas?
5 comentários:
Compreendo a decisão da Nissan. Se o Estado retirou os incentivos aos veículos electricos, para quê investir nisso em Portugal? Quanto ao Pai Natal, deixar assim a roupa à beira da estrada é arriscado, com a cambada de pessoal depenado que por aí anda. Abraço!
Pois eu também os entendo Rafeiro. Critico as políticas de desincentivo deste governo e todas as merkoisices associadas.
É mesmo! O gajo veio do frio, deve estar habituado.
Um pai natal nu?
Acredito que haja quem o deseje como uma boa prenda de Natal.
Não sabia desse desincentivo às empresas; é mais uma troikisse?
Hoje vi/ouvi uma reportagem de uma empresa na zona de Setúbal que está em progresso numa área de componentes para aviões e que apresenta um lucro anual elevado.
Tanto quanto percebi junta tecnologia e mão de obra especializadas e portuguesas!
Outros casos conhecidos:
-moldes de plático,
-software,
-hardware,
-calçado,
-vinhos,
-cortiças,
e outras mais actividades.
Afinal...
Akele abraço, pah!
Mas temos de reconhecer, Paulo, que também nos faltam mais empresários arrojados e menos gananciosos.
Para trabalhadores escravos e melhores incentivos encontraram melhores condições lá fora. Quem os pode criticar? Mas o Coelho deve estar a esfregar as patas de contente, que assim impediu a iniciativa do Sócrates de brilhar. Sim, porque desconfio que ali mora a mesquinhez... :P
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