terça-feira, novembro 8

sem juros nem correcção monetária

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Com a mesada, aprendi a ganhar dinheiro de forma a saber lidar com o vil metal. Era uma espécie de contracto moral que fazíamos com quem nos ensinou a saber gastar. O dinheiro é algo necessário e na igual medida o nosso trabalho merece ser recompensado. Claro que às vezes dá vontade de comprar aquele telemóvel de última geração, mas se o velho ainda funciona bem! Talvez esses duzentos euros a menos no bolso para futilidades não farão uma falta tão grande assim, poderemos argumentar. Porque desejar coisas fúteis é muito da nossa índole, do nosso desejo consumista, do querer ter. São essas coisas materiais que nos apetecem. Só que o "poder ter" tolda a visão a muita gente e o castelo de cartas abate-se ao mínimo abalo. Não sou daqueles que gasta milhares para encontrar alguma felicidade. Gosto de dinheiro, claro, mas gosto de ganhá-lo e não me pesa gastá-lo. Dinheiro na mão é vendaval. Todos temos necessidades e prazeres para os quais o dinheiro é necessário mas nos dias que correm devemos dar valor a um cêntimo, essa não é novidade para ninguém. Já não lembro bem quem mo disse, mas houve uma outra frase que permaneceu gravada: "Quem tem demais não dá valor a nada."


3 comentários:

Anónimo disse...

O problema é que muita gente gastou dinheiro sem o ter porque contava com ele no dito da galinha.Nessa altura ninguém impediu os bancos de fazer publicidade enganosa, seduzir os consumidores, etc.
Agora , colocados perante o incumprimento de milhares de famílias e sem saberem o que fazer com os bens devolutos, continuam a fingir que a culpa não foi deles e a argumentar que a intromissão do Estado é inadmissível...

Gi disse...

Pois eu, talvez por ter tido muito, ter perdido muito e ter visto o esforço dos meus pais para recomeçar a vida toda de novo, nunca dei passos maiores que as minhas pernas; o único empréstimo é o da casa; nesta altura (aliás como já postei há tempos), o meu banco é caixa, uma caixa do IKEA. Eu tiro, eu ponho, eu disponho ... ninguém vai lá, por enquanto ... a não ser que te "chibes".


PS.: Espero que vás às minhas "urnas" diariamente, porque bem preciso.

Teté disse...

Pois é, ter uma mesada e saber geri-la pode causar alguns "amargos de boca", de início, mas depois a malta vai-se habituando a não se exceder... ;)

Alguns, evidentemente! :)))

ps - costumo gostar bastante da tua seleção musical! :D