Vários amigos e amigas que publicavam os seus blogues com uma certa regularidade, eu incluído, adiaram para calendas gregas ou esqueceram os seus cantos à deriva pelo espaço sideral blogueiro. Depois de anos a publicar textos, imagens, crónicas maçadoras, ideias e experiências de vida neste mofado gabinete, dá uma certa nostalgia e comichão nos neurónios pensar sequer na possibilidade de encerrar de vez o casebre. Já percebi que os tempos mudaram! Os blogues já não são mais o canal de comunicação da Internet. Insistir neles é ficar preso a algo que já está ultrapassado? Talvez, não sei! Agora o que está a dar são redes da nova geração, o Facebook e o tal do Twitter. Mas não me apetece, não me atraem e não os tenho pelo beicinho. Podem-me chamar de antiquado, de séptico (sim com s) que continuarei a escrever o que penso, para quem quiser ler, neste sítio de má fama. Não só por teimosia mas por necessidade pessoal, não tenho actualizado e visitado os meus blogóticos companheiros de route com a mesma frequência por mera falta de disponibilidade e não ter um computador a tempo inteiro. Acompanho e gosto dos blogues que resistem à mudança. Acho que no blogue sempre se pode elaborar um pouco mais as ideias. O Twitter é com um chocho, aquele beijo dado a torto e a direito nas festas da adolescência, rápido e fugaz. Já o Facebook parece-se mais com os namoricos que tinha nas férias de verão. Compartilha-se de tudo, banalidades, fotos, joguinhos, amigos e até familiares. Mas nada muito intenso nem próprio. O blogue é um pouco mais pessoal, elaborado, independente de ser uma publicação curta ou longa, séria ou cheia de humor, tosca ou poética, é uma duradoura diarreia mental.

(foto de uma t-shirt comprada no Sudoeste do ano passado)