domingo, maio 1

ser mãe trabalhadora

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Por coincidência celebra-se o o dia do trabalhador e o dia da mãe. Ao longo da vida, pela afinidade e reconhecimento, tive a possibilidade de constatar o que os meus pais sentiam no seu quotidiano. As alegrias, preocupações, satisfações e dissabores, sentimentos consequentes dos múltiplos papéis que assumiram, tanto no trabalho como em casa. Na minha actividade profissional convivo diariamente com profissionais de enfermagem e sinto bastante a sua realidade.

Ser mãe é ser especial para qualquer mulher. É amor e entrega plena aos seus filhos. Quando os diversos papéis surgem múltiplos, simultâneos, num mar de dúvidas e solicitações, é exigente para as mães  que exercem uma actividade profissional. Ser mulher, mãe e trabalhadora, comporta muitas responsabilidades, dificuldades e conquistas que devem ser reconhecidas por todos.

O meu exemplo é a minha mãe, a melhor mãe do mundo. A enfermagem foi a sua vocação, associada à inexcedível dedicação para com as pessoas, com competências que iam muito além do cuidar. Ser enfermeira apresentava-se como um desejo, uma realização pessoal, enquanto mulher, enquanto trabalhadora, assumindo a profissão, escolhendo o próprio caminho, escrevendo a sua própria realidade. Ao longo da sua vida profissional, superou diversos desafios, viveu sentimentos de alegria e felicidade, mas também de frustração e impotência perante as dificuldades e inevitabilidades.


Foi mãe de dois marmanjos, numa época em que era exigido à trabalhadora conciliar as exigências da profissão com a maternidade. Ser mulher e mãe não a relegou somente ao dever familiar e doméstico. O trabalho reforçou a importância que lhe cabia como mulher, a transmissão de conceitos e ideologias na participação activa da educação dos filhos, na valorização dos sonhos assumidos, na ponderação, na educação, no equilíbrio e exemplo no seio familiar.

n.d.r.: Não, não sou eu. O babado ao colo da mãe é o meu irmão. Por esta altura eu já não fazia nas fraldas!

9 comentários:

Anónimo disse...

Fico deveras emocionado.Mas uma Mãe como a que tens é previlégio divino.Só tenho pena não ter a minha entre nós.

Teté disse...

Ser mãe e trabalhadora nem sempre é fácil, percebo o orgulho que tens na tua mãe, tal como eu tenho na minha, embora ela não trabalhasse fora de casa quando éramos pequenas - tinha sido educada para casar, ter filhos e cuidar da família e da casa, eram outros tempos... :)

De qualquer forma, também estou feliz por a ter comigo neste dia e de ter ido almoçar com ela (e restante família).

Agora uma coisa é certa: vais ter de andar à "pera" com uma série de gente, que alega que também tem a melhor mãe do mundo! :)))

redonda disse...

Sobre a nota final estava mesmo a pensar que era :)

Rafeiro Perfumado disse...

A minha desistiu de trabalhar para tomar conta de mim e da minha irmã, coisa que não esquecerei.

Abraço!

Kok disse...

Às mães, a todas as mães e todos os dias, um obrigado e muitos beijos por serem quem são e o que são.
Felizes os que ainda as têm!
Aos que as não têm, podem recordá-las pelos melhores momentos que com elas partilharam.

1 abraço, pah!

Kok disse...

É o teu irmão?
E tu? não tens fotos desse tempo de colo?

paulofski disse...

Grato pelos vossos comentários.

Já agora a fotografia que está a emoldurar este poste foi tirada na creche do hospital onde a minha mãe trabalhava. Calhou de ser o sortudo do meu irmão.

Fernanda disse...

Teste

Tó (Mano) disse...

Só agora é que vi....fiquei bem na Foto Ah????
Bjs Mãe