quinta-feira, fevereiro 24

vista das minhas janelas

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Acordei sob um céu azul e sol radioso e chego aqui envolto num manto de nevoeiro, que cobre os telhados, dilui a cidade no firmamento e apaga o fio do horizonte. Gosto deste mistério das manhãs de nevoeiro no Porto, deste contrastante despertar que paira sobre a cidade, do brilho de um novo dia a ocidente e a bruma fresca e parda de melancolia a oriente.


11 comentários:

Rafeiro Perfumado disse...

Tens de lavar as janelas, estão um bocado embaciadas...

Gi disse...

Moras na Belavista; também pode ser na Boavista. :D

Rui disse...

Isso é o mesmo que morar no "campo" dentro da cidade ! :))
É muito bom, ir à janela e ver árvores ! Estou a "ver" onde é !
Entre VCI e Circunvalação, perto do Parque de Campismo ! ;))
Zona óptima ! :))
.

paulofski disse...

Ahaha, desculpa Rui mas é assim que li o teu comentário soltei um sorriso.

O Parque da Prelada (antigo parque de campismo) é lindíssimo, e sob um sol de inverno, então...

Esta manhã, assim que botei a roda fora do prédio, estava um sol maravilhoso e quanto mais me embrenhava nas ruas perto do rio, a cidade mergulhava na bruma matinal típica do Porto.

Resolvi então, bem ao jeito do Rui da Bica, deixar aqui umas dicas sobre este pequeno jardim, para o qual estão voltadas as "minhas janelas", e o Senhor Professor carregado de orgulho, admira a sua obra sentado na poltrona. Qual será?

Rui disse...

É um jardim e todos sabem isso. Carrega no pedal e para lá vais todos os dias. No tempo do Salazar nada era como agora e muito menos nos tempoo de Caím !
O problema são os mortos e os doentes!
Se desceres por S. Mamede de Infesta até à Ponte da Pedra encontras a sua casa.
.

Laura disse...

Nem me fales em nevoeiros. D. Sebastião que os leve...já estava a criar caruncho de tantos dias húmidos, chuvosos e frios e o sol nem se mostrou. Ontem saí fui airar a cabeleira, percorri a cidade numa calma que há muito não sentia. precisamos de sol para energizar a mente...
Mas nos dias de Inverno ou Outono, gosto de ver nevoeiro, quando o sol do verão já cansa.

Um beijinho da laura

Anónimo disse...

Da árvores eu gosto, agora do nevoeiro no Porto... PASSO!

paulofski disse...

Eu gosto destas neblinas, destas que o dito estaciona em Miragaia enquanto o sol abrasa na Boavista e quando damos por ela, pela passagem da manhã, já o sol clareia e Gaia se vê no horizonte.

Teté disse...

Ao ler o teu texto lembrei-me de uma música do Rui Veloso, nomeadamente do verso:

"Ver-te assim abandonado,
Nesse timbre pardacento,
Nesse teu jeito fechado,
De quem mói um sentimento."

"Porto Sentido", está claro, uma das minhas preferidas do músico... :)

Rui disse...

Era um desafio, paulofski ?!
Dei as respostas todinhas ! rsrsrs
... ou estarei enganado ?... :))
Tens que ler e descodificar !
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paulofski disse...

Tens nota 10 Rui. Então cá vai a resposta:

Jardim do Carregal, talvez um dos últimos dos jardins românticos do Porto. A origem da sua toponímia deve-se à presença de uma planta gramínea de zonas húmidas - a Carrega -, que se desenvolvia nas margens do Rio Frio e que atravessava a zona de campos onde o jardim foi implementado. Das "minhas janelas", no 4º piso do edifício neoclássico do Hospital de Santo António, eu posso admira-lo diariamente.

Numa das pontas do jardim encontra-se a estátua do Professor Abel Salazar, cientista e investigador na área das ciências médicas. Deu o seu nome ao Largo fronteiriço ao Instituto de Ciências Biomédicas. Na sua Casa Museu, antiga residência em S. Mamede Infesta, está exposto um vasto espólio de toda a sua actividade.