segunda-feira, outubro 11

triste época

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Opinião preconcebida, formada e realizada geralmente em forma de uma atitude discriminatória perante pessoas, culturas e tradições. É a pior forma de autoritarismo social de uma sociedade doente. Causado por pura ignorância, porque o outro é diferente, pensa diferente, comporta-se diferente. É uma generalização superficial da razão e o ponto de partida para um juízo errado e gerador de conflitos agressivos, marginalização, isolamento e medo. A sociedade é impaciente, as pessoas não pensam pela sua própria cabeça e não tentam compreender o outro. E com o desconhecimento pejorativo, surge uma das faces mais tristes das relações humanas: o preconceito. De uma forma ou de outra já todos fomos vítimas de uma atitude preconceituosa. Para além de todo e qualquer tipo de fobias que possam haver em relação às pessoas, eu pensava que a pior seria quando alguém, por motivos de saúde, se via de repente vítima de tais atitudes preconceituosas perante outro que considerava ser seu amigo. Mas quando eu vi esta notícia não pude deixar de sentir vergonha por viver numa sociedade que se diz moderna e para quem a simples identidade de uma pessoa não merece sequer um pingo de respeito. "Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito", disse Albert Einstein. Mas afinal, vinda de onde vem esta partialité nem se estranha assim tanto!
(para ver a notícia clicar nas letras azuis)


7 comentários:

Patti disse...

É o que fazem estas novas leis sobre a entidade francesa: acirram o preconceito a todos os níveis.


p.s. esta música do Outono é brilhante! Tb a ponho no Ares de quando em vez:)

FM disse...

Pois... "Je m'e chame" François.

Rafeiro Perfumado disse...

Uma vez tive de pedir a um colaborador que alterasse o seu nome quando ligava para as pessoas. É que o apelido dele era "Calote" e estava na área de recuperação de crédito!

ψ Psimento ψ disse...

Confesso que evito sempre estereotipar ao máximo mas de todas as culturas que tive o prazer de conhecer, aquela que menos gostei foi a francesa. Acho-a extremamente fechada sobre si mesma e fútil. O Theo costuma dizer que na opinião dele os franceses acham-se “a última bolachinha do pacote”, sinto-me muito tentado a acreditar. Claro que preconceitos como esses não existem só em França mas é mais um exemplo para confirmar a regra que tenho visto. Digo isto claro, correndo o risco de também estar a ser preconceituoso relativamente à cultura francesa e jamais julgaria as pessoas que conheço ou que venha a conhecer baseando-me meramente no facto de serem franceses.
Abraços.

Dono das galinhas disse...

Mas não foi a França uma das nações que inicialmente subscreveram a declaração universal dos direitos do homem (leia-se humanidade)?
É verdade que o ano de 1948 já lá vai, e que os franceses de então não serão na sua maioria os mesmo.
Olha para o que eu digo e não para o que eu faço?
Deve ser isso...
A notícia a que fazes referência é uma cretinisse e só fica mal a quem a provocou. Infelizmente (como quase sempre acontece) é prejudicado quem é objecto desse cretinisse.

Abraço pah!

Teté disse...

Bom, a mim também já me pediram para alterar o apelido, porque segundo a directora prestava-se a várias brincadeiras... nem sequer era por ser estrangeira. Não gostei da ideia!

E não, não era Calote, como no caso contado pelo Rauf! :)))

Gi disse...

Pois!
Tenho tido muita (deverei dizer ou achar que sim?) sorte de nunca ter sido discriminada; só senti tal na África do Sul, na altura do apartheid, e foi mais institucionalizado, porque nas pessoas não o senti.