sexta-feira, abril 27

na bicicleta [não sei quantos] bêtêtice

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Aconteceu no Domingo, 22 de Abril, o 10ª encontro Luso-Galaico de BTT em Esposende. Sem qualquer treino específico e confiando apenas nos pulmões de ciclista, armei-me em bêtêtista e me inscrevi.

(Percurso marcado a azul)

Tudo começou com o incentivo do meu amigo Ricardo para que nos inscrevêssemos na maratona. Para além dele contava com a presença do Luís e do Nuno, mas na hora da verdade todos se baldaram. Quem acabou por me acompanhar até à largada de gnus, foi a Elisabete que iria participar na meia-maratona, os quais partiram 15 minutos depois e comeram poeira na certa.  


Uma vintena de quilómetros eram o máximo que já havia bêtêtado de seguida, e isso nos caminhos suaves de Santiago! A meta era somente a de sobreviver aos setenta quilómetros da prova, o que já me parecia difícil o bastante. Na verdade, havia um objectivo secundário mas igualmente importante (ou quase): descobrir se tantos anos de prática na estrada ter-me-iam tornado apenas um melhor ciclista, ou teriam trazido bons resultados também noutras áreas, como a do masoquismo e a da auto-mutilação. Setenta quilómetros de paus e pedras, água e lama, em quase 2 mil metros de acumulado, tornavam esta maratona mais que perfeita para isso.


No final tudo acabou bem. O commute diário e as longas pedaladas no asfalto ajudaram, e muito. Sobrevivi e completei a prova, ainda que um pequeno trambolhão quase no final, naquilo que para mim era o mais perigoso, descer, só veio tornar ainda mais memorável esta aventura. Não fosse a bicicleta latejar aos meus protestos, já que estava impossibilitado de usar o prato pequeno da bicla desde o primeiro mergulho na lama, a bina não estremeceu nada a todo aquele impacto a que não estava acostumada. E as pernas, que chegaram ardendo! E que permaneceram estranhas por quase uma semana, é claro.


Sofrimento à parte, correr no meio de 3.000 cabeças é muito bom. Pedalar na companhia de atletas de elite, amigos, senhoras, cromos (é verdade, andava por lá cada figuraça, e um deles de ténis e meinha branca até ao joelho!) entre outros personagens, com os cenários inesquecíveis e paisagens maravilhosas (embora triste por tanta terra queimada) da Costa Verde.


PS.: agora só quero superação. 

 (e ainda houve tempo para uma merendinha à beira do rio Neiva.)


2 comentários:

redonda disse...

Parece ter sido mesmo uma grande aventura (uma vez, há muitos anos, acompanhei uns amigos de um amigo, que participavam numa maratona assim, mas nós fomos de carro e almoçámos com os outros no final :)
um beijinho e bom fim de semana

Kok disse...

Suponho que a última foto seja evocativa:
nessa noite terás dormido que nem uma pedra!

Parabéns pá!
Continua pedalando que eu continuarei apoiando!

Akele abraço pah!