Com a quadra natalícia chegava o circo. O Natal significava cor, música, animais, palhaços, alegria, crianças, pais e Coliseu! Ano após ano, o palhaço pobre, inocente, solidário, mal vestido, transmitia uma melancolia esborratada na sua cara pintada e uma triste sensatez na bondade dos seus olhos. O espectáculo obrigava a que o palhaço nos fizesse rir, e as crianças riam. Riam das diabruras, traquinices, e das palhaçadas que fazia ao palhaço rico. Era actor alto, baixo, gordo, magro. Era palhaço careca, de peruca colorida, chapéu e nariz proporcionais aos sapatos. Eram homens engraçados que sabiam como ninguém tirar um sorriso espontâneo de cada criança. Todos se divertiam, até os adultos! Com o passar dos anos, eles, os verdadeiros palhaços, foram perdendo o seu lugar. A cada década alcançada, menos espaço eles tinham, e com eles também os pequenos circos foram desaparecendo, quase em extinção. O palhaço era a expressão da alegria, o palhaço era a expressão da vida no que ela tem de estimulante, sensível, humana. Os palhaços que antes divertiam toda uma família são agora parte do passado. Agora há outra classe de palhaços. Os palhaços contemporâneos. Actualmente somos nós os palhaços. Colocamos o nariz quando não queremos, tiramos quando não devemos, a cada momento que passa. Mas se a alegria estiver presente cultivemos o riso e a palhaçada. Acho que é mais ou menos por aí, com certas coisas da vida. E quem foi que disse que as coisas simples não são engraçadas?
Eurodeputados portugueses sobre Moçambique
Há 5 horas
2 comentários:
Os meus filhos foram ao circo ontem, com a avó. Faz parte da quadra...
Havia palhaços de verdade!
Boa semana.
Pois, eu não gosto de circo, mas havia dois números de que gostava muito: dos palhaços e dos mágicos! Palhaços, amigos, voltem que estão perdoados, já estamos fartos de outras palhaçadas sem graça nenhuma... ;)
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