Não obstante todos os esforços já realizados, e que se traduziram numa diminuição face a um passado recente, infelizmente a sinistralidade rodoviária permanece um flagelo nacional, com todos os prejuízos de natureza pessoal, social e económica que acarreta. Não podemos pactuar com comportamentos inadequados nas nossas estradas, constantes manifestações de uma absoluta falta de civismo por um número ainda demasiado significativo de condutores, com excessos de velocidade e condução sob o efeito do álcool. Portugal tem uma das taxas de sinistralidade mais elevadas da Europa. Felizmente, ao longo dos anos, as estatísticas têm revelado uma significativa diminuição do número de vítimas causadas por acidentes rodoviários. Todos nos devemos congratular com esse facto. Porém, se a evolução é positiva, a verdade é que ainda se verifica a perda de muitas vidas. Por altura das festas natalícias e passagem de ano voltam as campanhas de sensibilização na comunicação social e as operações de patrulhamento e fiscalização rodoviária, mas a prevenção não se deve restringir a isso. Deve começar em casa e sobretudo dentro do carro com os exemplos que damos aos nossos filhos. A prevenção rodoviária deve começar cedo. As crianças aprendem mais com os exemplos dados pelos pais, e, por isso mesmo, somos nós, os adultos, os principais responsáveis pela formação do carácter dos mais novos. Se formos capazes de transmitir pequenos ensinamentos aos nossos filhos, certamente que eles se irão tornar uns adultos mais responsáveis e conscientes da importância do papel que têm no que diz respeito à segurança rodoviária. Ser um peão responsável, dar-lhes a conhecer algumas regras básicas de trânsito e alguns tipos de sinalização mais comuns, a importância do uso do cinto de segurança, explicar-lhes o quão é importante cumprir essas regras e a utilização do capacete de protecção, enquanto passeiam de patins, de skate, ou sempre que pedalem na sua bicicleta.
Pensamento da semana
Há 8 horas
5 comentários:
Concordo com tudo o que dizes, mas receio ser mais radical: os actuais governantes, deitando para o lixo inúmeras campanhas de prevenção rodoviária, resolveram fazer com que os utilizadores pagassem as SCUT (estradas SEM CUSTOS para os UTILIZADORES, daí a sigla), estando-se realmente nas tintas para que as estradas alternativas passassem a meio de povoações e não tivessem mais do que remendos pontuais ao longo dos últimos anos.
E isso continuo a achar que é um crime! Nem todos que fazem esses percursos diariamente têm dinheiro para pagar essas novas portagens, portanto terão de recorrer a estradas em mau estado, no meio de povoações, com um previsível acréscimo de acidentes e atropelamentos. Espero ardentemente não ter razão, mas o futuro o dirá...
Concordo Teté. Essencialmente o meu intuito é alertar consciências, sem querer particularizar demasiado.
Lá para Abril, quando a A22 também tiver portagens, espero estar enganado, mas a expectativa de ver a N125 (que já foi das estradas mais mortíferas do mundo) de novo engarrafada, não é bom sinal.
Algumas das ex-SCUT's (assim as prefiro chamar) não têm o mínimo perfil de auto-estrada. Veja-se o caso da A(?)29. Para quem não a conhece, é estreita, com curvas fechadas e ângulos perigosos, de piso irregular e sem faixas de segurança. Ainda há dias este condutor não provocou mais uma tragédia por obra do acaso. E não é só a incúria destes automobilistas que explica a sinistralidade rodoviária.
Também me parece que deverá passar por aí.
Achei piada à imagem ! Parece que até àquele momento ninguém se tinha apercebido do erro, tão bem protegido ! :))
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