sexta-feira, outubro 1

reposte 6 [a cidade por outros caminhos]

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A noite estava excelente. O jantar que esteve previsto deu lugar a um par de horas de convívio no Peter´s, com o copo de Gin a acompanhar. Acabamos por chegar mais tarde do que eu previa, mas foi bom, muito bom. Adoramos rever o jove e simpático casal, Rafeiro e Gata, de visita ao Porto e de passeio por um dos lugares mais emblemáticos da metrópole tripeira, que me confessaram gostarem muito. Viajar é viver. Um bom regresso e até a um próximo encontro.

Republico o post do lugar mais emblemático, a Ribeira:

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(fotos da Internet)

... é perante este cenário que procuro descansar por alguns instantes as minhas pernas dos pedais. Detenho-me hipnotizado e admiro-o, sobranceiro, lá na outra margem de um encanto genuíno. O meu Porto, velho e rude, típico e tradicional, com tanto ainda para descobrir. É lá, na Praça da Ribeira, do Cubo, o ponto de partida para esta viajem, de palavras, através dos tempos entre o antigo e o contemporâneo, no contemplamento de um olhar, tendo o Douro como companhia. Da zona ribeirinha se avista a Ponte de Luís I, a Serra do Pilar, o Cais de Gaia, os barcos Rabelos. Olhando em redor, revive-se o passado nas famosas arcadas do Muro dos Bacalhoeiros, o que resta da Muralha Fernandina construída no século XIV e a velha praça, guardiã dos sentimentos das gentes da Invicta. Até ao Postigo do Carvão, nas suas ruas estreitas e das mais antigas da cidade, ladeadas de seculares habitações, algumas recuperadas, a maioria deterioradas, aqui e ali, há tascas de comes e bebes e casas de comércio que oferecem a simpatia da gente tripeira. A casa da Filha da Mãe Preta, a Canastra da Ribeira, Peza Arroz e o D. Tonho servem à mesa os mais intensos e tradicionais sabores da região. Uma escultura de baixo relevo relembra o trágico acidente da Ponte das Barcas ocorrido há 200 anos e uma das figuras mais marcantes da história portuense, o Duque da Ribeira, a cidade não esquece e presta a sua homenagem num busto de bronze. "Duque, símbolo e sentido, testemunha e protagonista da vida da Ribeira". Restam dois obeliscos da antiga Ponte D. Maria II, vulgarmente conhecida como Ponte Pênsil, ali mesmo ao lado da Ponte Luís I, sua substituta. Da autoria de Teófilo Seyrig, sócio de Eiffel, esta travessia de aço, dupla e elegante, recentemente adaptada para a utilização do metro, é o elemento principal e harmonioso que caracteriza a deslumbrante paisagem entre as duas cidades. Na Praça da Ribeira e no Cais de Gaia estão atracados barcos turísticos, réplicas modernizadas dos típicos barcos Rabelos, que possibilitam pequenos cruzeiros onde se pode usufruir de uma vista privilegiada das duas margens e uma experiência memorável ao sabor de um gratificante cálice de Vinho do Porto.


4 comentários:

Safira disse...

Já fui muito feliz na Ribeira :)
Tendes uma cidade muito bonita,sempre achei isso do Porto. Gosto menos é ali para o lado das Antas ;)

Beijocas

Dono das galinhas disse...

Também já há bastante tempo que não vou até aí.
Talvez me calhe um arrozinho de pato...
Como já disse, qualquer dia... é dia!

Abraço, pah!

Teté disse...

Este texto fez-me lembrar uma canção do Rui Veloso, com letra de Carlos Tê, que não recordo o título mas fala sobre o Porto (sem ser Covo).

A Gata e o Rafeiro são mesmo óptimos companheiros para uma amena cavaqueira! :)

Rafeiro Perfumado disse...

E nós gostámos muito do tal par de horas, a repetir sempre que quiserem! Abraço!