Ao dobrarmos a esquina das quarenta primaveras, o cabo da boa esperança para alguns ou o das tormentas para outros, lentamente tomamos consciência de que estamos realmente a ficar mais velhos e que o resultado do somatório de todos esses anos está, há já algum tempo, a ser creditado na nossa conta. Aos poucos deixamos de usar as palavras juventude e imortalidade, quase sinónimas, como máscaras para os excessos que fomos cometendo e dar lugar à tal da crise, que tanto pode acontecer antes ou depois dessa idade, não importa. Muitos de nós, quando damos conta dela, usamos a inteligência e a coragem para enfrentar a segunda parte do desafio com uma mentalidade madura, rejuvenescida, presente. Valorizam muito mais as suas potencialidades do que alguma vez o tenham feito. Outros, porém, talvez desconhecedores das suas capacidades ou tacticamente desmoralizados, tardiamente se dão conta que o tempo de jogo já não corre a seu favor e procuram disfarçar o indisfarçável, com alterações de última hora, na tentativa de corrigir erros cometidos, que pouco ou nada irão alterar o resultado final. O facto,é que temos de ser realistas e perceber que todos somos comuns mortais, mas se realmente queremos jogar o jogo da vida de uma forma saudável, com a melhor qualidade possível, precisamos de acertar o caminho e reflectir a nossa estratégia junto daqueles que amamos e connosco convivem. À velhice quase todos haveremos de chegar e, mesmo com saúde, a idade não deve ser motivo de depressão para quem quer que seja. De que adianta termos a sensação de sermos felizes se estamos rodeados de pessoas tristes e amarguradas? Devemos imaginar-nos capazes de continuar a sonhar e a amar, traçar e atingir objectivos, se possível realizar feitos anteriormente impensáveis e, mesmo que seja somente nas nossas mentes, sentir que somos verdadeiramente jovens. A velhice é só para quem a aceita dessa forma. Na figura que emoldura este poste falta a garrafa que melhor defeniria a etapa da vida que me sinto viver. Falta a garrafa de Vinho do Porto que, como se sabe, quanto mais velho melhor!
John Mayer - Message in a Bottle
10 comentários:
:))
entas?? inda me falta bués pa lá xigar ó kotita :))))))
mas a verdade é essa mesmo q dizes "temos q ser realistas" :))
xinhinhus pa tu da lua
Olá!
A idade, é mais uma atitude mental perante a vida:=))
Todas as idades são boas para realizarmos os nossos sonhos.
:=)
Beijocas
Pois eu parei na Coca-Cola e daí não saio daí ninguém me tira. ;)
O quadro é bem representativo do ciclo da vida.A velhice é um premio aque nem todos chegam.
Um abraço
É verdade sim senhora! Há que saber envelhecer, não é fácil e por isso não é para todos! Só alguém com grande personalidade é que não deixa que o passar dos anos lhe roubem os que ainda faltam viver a pensar no passado!
:) Beijinho e Viva o Vinho do Porto!
O quadro não o vejo que a firewall por aqui é inflexível (e chata!) .. mas não preciso. Está tudo neste texto.
Que seja um excelente ano .. uma excelente etapa e quando o não for .. está aqui o lembrete para dizer como deve ser.
:)
Uma Bejeca também ficava bem nesta fase da vida...
Tás como o Aço....
Abraço
Para mim uma imperial, se faxavor! :)
OK, um fino também serve...
Mais a sério, há gente que nunca se conforma com o próprio envelhecimento e com isso transformam-se em autênticos chatos, sempre queixosos, que já não são o que eram, etc. e tal. E se bem que haja realmente a parte chata de algumas faculdades começarem a falhar, suponho que se deve tentar encarar mais pelo lado positivo, do que é que aprendi e do que quero ainda fazer. Em suma, dentro das possibilidades, tentar concretizar sonhos adiados e arranjar novos projectos para o presente e futuro, já sem aquela pressa da juventude de "tem de ser já a seguir"!
A única alternativa a não envelhecer é morrer novo, e suponho que isso ninguém deseja... ;)
Beijocas!
Não penso muito nessa cena. Porque concordo que a velhice é o estado mental de cada um (in)dependentemente das "vidas" que percorreram.
Por isso há velhos com 20 anos de idade e novos com 70.
Quanto a mim, faço-te companhia no "escocês" que aprecio mais do que ao "licoroso da Régua".
Akele abraço, pah! (perfumado)
Difícil é aceitar a idade que temos. Se conseguirmos isso, a idade deixa de ter importância. Claro que digo isto porque já sou cota e estou a disfarçar. Um dia destes, ainda me arrisco a ter de recorrer a uma garrafa que não serve para beber, mas para pôr lá um líquidozinho em momentos de aperto.
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