quarta-feira, maio 6

um queixinhas...

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...é um tipo que à priori nunca está satisfeito e considera erradamente ter sempre razão. Como reclamar é a coisa mais fácil do mundo, queixa-se de tudo e de todos, reclama por tudo e por nada! Qualquer motivo serve. Por mim, digo-lhes que podem reclamar à vontade, desde que tenham em conta um problema básico de educação, a razão não se mede na base do grito. Generalizando, qualquer cidadão, a maioria é assim, quando procura um serviço público ou outro, pensa única e exclusivamente que está ali para ser servido. Numa fortíssima manifestação para se impor, intimida em vez de conversar e a deficiente comunicação leva normalmente a confrontos desnecessários que esgotam a energia das pessoas. Uma reclamação séria pode ser uma força poderosa que impulsione algumas mudanças e melhore comportamentos. Torna a sociedade mais interessada e aberta a sugestões só que, na maioria das vezes, as criticas são mal fundamentadas. Raramente as pessoas são tolerantes, assumem o princípio que houve um erro de comunicação, procuram ajudar no melhoramento dos serviços, reclamam em consciência sem choradeiras e gritaria. Afinal para que serve o livrinho amarelo?

A cultura do queixume forma uma dupla infernal com a cultura do palpite. Dar palpites está no sangue do típico tuga. Qualquer português que se preze gosta de tentar fazer adivinhações, previsões, antevisões, dar largas ao Zandinga que tem dentro de si. Ora, é claro que na esmagadora parte das vezes não acerta nos seus palpites, mas basta-lhe ter o prémio mínimo do Euromilhões para se vangloriar todo orgulhoso perante a plateia. Ele sabe tudo, até o que os outros deveriam ou não estar a fazer e o resultado é um mar de opiniões exacerbadas atiradas pró ar. Todos acabamos por ser treinadores de bancada, não só de futebol mas aparentemente de qualquer coisa. Somos uma nação de pseudo-especialistas. E quem tentar apontar a falta de conhecimento do reclamante mesmo com as melhores intenções, apresentando provas factuais, não conseguirá resolver o paradigma, como acabará por arder nas chamas da indignação e da teimosia de quem não tolera a menor possibilidade de ser contrariado.

De concreto não me estou a queixar de nada, apenas reclamo com o que vou assistindo na rua, no trabalho, nesta sociedade. Pelo menos no meu paradigma de cultura, seria boa educação não se falar do que não se conhece e admitir tranquilamente quando se está errado. Por que não somos capazes de algo tão simples?



13 comentários:

Sandra. disse...

:))

Pracasu n trabalhas no arquivo civil?? q coincidência do catano pah! Ontem fui tirar o cartão unico ao meu filhote, epah akilo taba xeio, mas memo xeio, tipo pelas costuras. Passamos horas lá dentro como deves imaginar, deu tempo pa ler todos os avisos q por lá colocaram e ainda sobraba tempo pa fazer um cróxézinho (lolol). Um dos avisos em letras grandes dizia assim: PESSOAS DOENTES TÊM PRIORIDADE, e descreviam algumas das doenças: diabéticos, mulheres c crianças de colo, grávidas etc..Nisto, e após algumas horas de lá estarmos entra uma senhora acompanhada pelo marido e dirige se ao balcão, o fulano ao lado dela desata num disparate pegado, eu pracasu té já tába a axar akilo mui xogadito, e dizia ele q a sra. tinha q tirar ma senha e aguardar a vez dela e mai n sei k, ao q a senhora, já c alguma idade lhe respondeu q era uma doente renal e q n podia tar ali mui tempo. Bem, nem te passa o burburinho e o berros do outro gajo. É assim, se o gajo ó imbez de se pôr nakeles disparates, tivesse lido q as pessoas doentes têm prioridade nada dakilo tinha acontecido. O fulano por detroces do balcão relembrou o disso mesmo. O ppl anda mui ixtrexado...tssssssssssssssss

xinhinhus pa tu da lua

Si disse...

Este post iria direitinho para um grande amigo meu com quem um dia tive uma discussão exaltadíssima sobre a localização exacta da Praia do Vau, no Algarve.
Mesmo depois de ver o mapa, continuava na mesma teimosia, afirmando que o mapa é que estava mal.
Obviamente, e porque é uma amizade de imensos anos, acabou por dar risota e ficou na história, caso contrário, muito provavelmente tê-lo-ia mandado dar uma curva ao bilhar grande....

Teté disse...

Detesto queixinhas e lamúrias, mais os não sei quantos "ses" que se cruzam pelo meio.

Achei o máximo a frase do "dar largas ao Zandinga que tem dentro de si"... :)))

Quanto ao resto, devo pertencer à "minoria silenciosa", não treino nenhuma equipa de bancada, nem ponho a arder a indignação por 'dá cá aquela palha'! Quando reclamo, geralmente estou carregadinha de razão, até porque raramente o faço, que é uma chatice para tudo e todos, só vale a pena pontualmente! :D

Beijocas!

Patti disse...

É típico dos portugueses. Queixam-se de tudo, mas nunca fazem reclamações oficiais de nada. Alguém que resolva.
Safa-te é o verbo!

Gi disse...

Fazes parte da maioria silenciosa?
Eu, há muito tempo, optei por pôr na cara um grande sorriso e pedir o livro de reclamações.
Como adoro escrever, junta-se o útil ao agradável.
O chato de tudo é ter que ir aos correios buscar cartas e cartas com AR. Pois!

Gi disse...

Ah! E hoje também escrevi um post com o título Queixinhas. ;)

Inês Brito disse...

Por vezes há quem o faça só mesmo para descomprimir e descarregar a parvoice nalgum lado, lógico que não concordo com isso, mas os portugueses são assim.

Bj,
(i)

Inês Brito disse...

Por vezes há quem o faça só mesmo para descomprimir e descarregar a parvoice nalgum lado, lógico que não concordo com isso, mas os portugueses são assim.

Bj,
(i)

Almeida disse...

Tens razão no que escreves,mas às vezes reclamar sem insultar,é um direito que nos assiste ,já que o tal livrinho nem sempre está acessivel.
Um abraço

Almeida disse...

Tens razão no que escrves.Mas às vezes reclamar com razão e educação é como o sal na comida.
Um abraço

PB disse...

Então o típico tuga tem a mania que tem sempre razão, até nas maiores barbaridades! Não custa nada admitir, tens razão! Eu admito! ;)

Tó (Mano) disse...

É assim, somos todos uns "Queixinhas", e nem que seja para nos queixarmos que não temos nada que nos queixar...está-nos no sangue,faz parte da nossa cultura Latina, e ninguém escapa.

Abraço Mano

FM disse...

E não é que concordo contigo!?
Abraço.