segunda-feira, novembro 3

juntos

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Depois da minha colecção de carrinhos da Matchbox, se havia brinquedo que me deixava encantado, com que dava largas à minha imaginação, e com eles perdia horas e horas a brincar, eram os legos. O que eu adorava brincar com legos! Ficava lá, distraído no tempo mas concentrado a separar as pecinhas espalhadas no quarto por cores, formatos e tamanhos, calculava as peças necessárias para as minhas construções, encaixava-as uma a uma até se juntarem todas. Como naquela altura os legos não estavam acessíveis a qualquer um, a minha colecção era ainda muito pequena e pouco variada. Lembro que ia para casa de um amigo brincar com os que ele tinha, e eram tantos! Passava lá horas, tardes, a construir palácios, peça a peça até ao resultado final, até que alguém me lembrava que tinha de regressar a casa. Saia de lá sempre com o desejo de recomeçar a encaixar, a desmontar, de voltar para o meu curso de engenheira de plástico. Quanto mais brincava com os legos, maior era o meu desejo de poder aumentar a minha colecção. Sonhava que o meu pai chegaria a casa com uma caixa cheia deles, todinhos para mim, mas quando acordava a realidade não era essa! Enquanto estivesse rodeado de legos, brancos, amarelos ou azuis, rodinhas e portas, de três e seis encaixes, telhados vermelhos e bonecos sorridentes, eu estava no meu mundo, do faz de conta, e tudo o resto me passava ao lado. Tudo o que queria era construir as máquinas mais estranhas, indestrutíveis aos berlindes e às quedas forçadas, construir as casas mais bonitas, pontes e carros, eu sei lá, uma imensidão de coisas que só terminava quando a hora era tardia pois a imaginação levava a tudo. Ainda sou capaz de pegar nesses pedacinhos de plástico e molda-los ao meu jeito. Não tenho já o mesmo interesse nem os mesmos sonhos de criança mas continuo a ter muita imaginação. Pai, que estás a fazer com os meus legos? Olha lá, e se os arrumasses todos como eu te mando? Assim eu não teria de os procurar e remexer no saco do aspirador de cada vez que os aspiro em baixo da tua cama!

Que importa, esses pequenos cubos coloridos de plástico são mágicos, assim espalhados pelo chão, e que nos transportam aos dois, de cócoras no meio do quarto, no nosso desejo de continuar a sonhar e brincar, juntos.


10 comentários:

Vera disse...

O LEGO é mesmo um brinquedo mágico! Cá em casa há e caixas, daquelas plásticas, rectangulares, cheias de LEGO. Pequeno, médio e grande. E os dois rapazes mais pequenos cá de casa adoram sentar-se a construir!
Boas construções...poucas aspiradelas...

Ka disse...

lá, ó faxabôre...


O Luis é um dos brinquedos que adora!! E eu adoro estar ali a brincar com ele :)

Boas lembranças estas!!1

Beijinhosss

Patti disse...

Guardei os meus todos e a Beatriz também adorou brincar com eles.
São um brinquedo sem tempo.

PB disse...

Também brinquei com legos e que belas recordações me trouxeste à memória!

Abraço

Xanda disse...

Lembras-te de cada uma, paulofski... Legos!
Confesso que nunca liguei muito aos legos, mas agora com o meu filhote até um carro já montei eh eh eh!
Bjnhs

FM disse...

Nem me atrevo a falar de Lego's... O meu comentário seria muito superior ao teu Post... (risos)
Ai, bons tempos... até ter ficado a conhecer o tempo do "brincar aos médicos"... (risos)
Abraço.

mjf disse...

Olá!
Ainda hoje guardo " um balde " com eles na arrecadação ;=)

Beijocas

Gata Verde disse...

Hum... que boa recordação!
Também era uma das minhas brincadeiras preferidas, pena serem tão caros!

beijocas

Sunshine disse...

Olá .... ó faxabôre :)

Sorte a tua que o tens por perto, aqui ainda fica um pouco distante, não muito mas o suficiente para passar aguns tempos (longos) sem o ver e que falta me faz ... o mar.

Legos, intemporais, os do meu filho passaram para a minha neta e ainda espalhamos tudo na sala e vamos construindo o que nos dá na "bolha", mais na dela que eu já não tenho pedalada para grandes construções mas lá vou brincando e ajudando a encaixar as mais complicadas.

Bjs. Uma boa noite para todos vós.~

joana disse...

Eu sempre adorei legos realmente perdia horas nas minhas construções e tinha sempre ali o meu pai a ajudar,agora sou eu que me sento a brincar com o pequenote;)
Beijinho e boa semana